São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2001

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CLANDESTINOS

Clandestinos fizeram churrasco de sardinha em frente à prefeitura

Perueiros voltam a protestar

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Perueiros clandestinos fazem assembléia diante da prefeitura


DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo segundo dia consecutivo, perueiros clandestinos protestaram, ontem, em frente à Prefeitura de São Paulo contra a não-abertura de novas licitações. Criticaram também a violência nas fiscalizações da SPTrans (São Paulo Transporte, responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo).
Cerca de mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, pediam uma audiência com a prefeita, Marta Suplicy (PT).
Anteontem, a manifestação tinha 200 pessoas. Cerca de 50 acamparam em frente à sede da prefeitura. Eles afirmam que pretendem permanecer no local até que sejam recebidos.
A prefeita informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai receber os manifestantes. O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, também não receberá a categoria.
As atividades dos perueiros em frente à sede da prefeitura incluíram desde uma caminhada em torno do prédio até um churrasco de sardinhas.
O viaduto Mercúrio, nas proximidades da prefeitura, foi fechado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) durante a manhã e à tarde, por causa da manifestação, complicando o trânsito na região.
Segundo a assessoria de imprensa da CET, a liberação dependia da retirada das peruas, mais de 300, que estavam estacionadas ao longo do viaduto. Os motoristas foram orientados a seguir caminhos alternativos.
Segundo Laércio Ezequiel dos Santos, um dos líderes da manifestação, não acontecerá em São Paulo nenhuma manifestação violenta, a exemplo do que vem ocorrendo na cidade de Guarulhos (Grande São Paulo).
"Não vamos invadir nenhum local nem depredar nada. Queremos ser respeitados como categoria e exigimos isso da prefeita", afirmou. Santos também descartou manifestações na porta das garagens das empresas de ônibus.
Os manifestantes não estão entre os 5.800 perueiros cadastrados para operar na cidade até a próxima licitação. Em julho, a fiscalização da prefeitura apreendeu 1.228 clandestinos, número recorde.



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