São Paulo, segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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Para técnico, é ilusão ampliar malha viária

DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns especialistas condenam os gastos do poder público com obras viárias vultuosas que não sejam destinadas à ampliação do transporte coletivo. Outros veem a necessidade de diversificação dos investimentos.
Mesmo entre esses, há críticas a parte dos projetos das gestões Kassab e Serra.
Horário Augusto Figueira, mestre em engenharia pela USP, diz que é "ilusão" ampliar a malha viária. "Tem vida curtíssima. E os efeitos podem ser piores ao atrair uma demanda reprimida."
"A política adequada é dissuadir a utilização do carro, e não expandir a malha viária em áreas centrais", avalia o especialista Rogério Belda.
Outros dois entrevistados são críticos das obras, mas pediram para não ter seus nomes divulgados por temer a perda de contratos.
O professor da USP Jaime Waisman defende a combinação de investimentos. "A cidade não para de crescer, precisa expandir seu viário", diz. "São obras úteis. O que se pode questionar é quais são prioritárias", afirma.
O urbanista Lucio Machado afirma que a falta de transporte público não pode excluir investimentos em vias. Diz que a diversidade econômica da cidade exige uma integração do uso de carros, ônibus e metrô.
"Obras viárias são necessárias para separar o fluxo", diz o urbanista João Valente, que critica, porém, a obra da marginal. "Vai consolidar uma rodovia ao lado do rio e dificulta o acesso da população a esse espaço público."
Rosana Ferrari, presidente do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), diz que a prioridade deve ser o transporte público, mas que não se deve esquecer das obras viárias. Pontualmente, critica a ampliação da marginal Tietê.


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