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Para técnico, é ilusão ampliar malha viária
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns especialistas condenam os gastos do poder
público com obras viárias
vultuosas que não sejam destinadas à ampliação do
transporte coletivo. Outros
veem a necessidade de diversificação dos investimentos.
Mesmo entre esses, há críticas a parte dos projetos das
gestões Kassab e Serra.
Horário Augusto Figueira,
mestre em engenharia pela
USP, diz que é "ilusão" ampliar a malha viária. "Tem vida curtíssima. E os efeitos
podem ser piores ao atrair
uma demanda reprimida."
"A política adequada é dissuadir a utilização do carro, e
não expandir a malha viária
em áreas centrais", avalia o
especialista Rogério Belda.
Outros dois entrevistados
são críticos das obras, mas
pediram para não ter seus
nomes divulgados por temer
a perda de contratos.
O professor da USP Jaime
Waisman defende a combinação de investimentos. "A
cidade não para de crescer,
precisa expandir seu viário",
diz. "São obras úteis. O que se
pode questionar é quais são
prioritárias", afirma.
O urbanista Lucio Machado afirma que a falta de
transporte público não pode
excluir investimentos em
vias. Diz que a diversidade
econômica da cidade exige
uma integração do uso de
carros, ônibus e metrô.
"Obras viárias são necessárias para separar o fluxo", diz
o urbanista João Valente,
que critica, porém, a obra da
marginal. "Vai consolidar
uma rodovia ao lado do rio e
dificulta o acesso da população a esse espaço público."
Rosana Ferrari, presidente
do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), diz que a prioridade deve ser o transporte
público, mas que não se deve
esquecer das obras viárias.
Pontualmente, critica a ampliação da marginal Tietê.
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