PRISCILA LAMBERT
da Reportagem Local

O Brasil será o primeiro país da América do Sul a ter um equipamento que permite a realização de uma cirurgia cerebral por meio de neuronavegação.
A técnica permite acompanhar por imagens no computador o movimento dos instrumentos cirúrgicos dentro do cérebro.
A vantagem do equipamento é que o cirurgião poderá escolher o "caminho" mais preciso que os instrumentos devem fazer, evitando áreas nobres do cérebro, que podem ser lesionadas nas cirurgias comuns.
"Muitas vezes, quando a cirurgia é feita apenas com microscópio, o tumor que está em áreas profundas se confunde com o tecido cerebral normal, dificultando a visualização do trabalho", diz Carlos Telles, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
O método pode ser usado para retirada de tumores a partir de 3 mm, coágulos e abcessos.
Também pode auxiliar na realização de exames de biópsia.
O equipamento, da fábrica alemã Brain Lab, será instalado neste mês no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e atenderá pessoas carentes e indigentes.
Funcionamento
A aparelhagem consiste em um computador, onde se colocam as imagens obtidas em exames de ressonância magnética ou tomografia computadorizada e um emissor de raios infravermelhos.
O microscópio e os instrumentos que são introduzidos no cérebro recebem marcas que captam os raios infravermelhos e retransmitem-nas ao computador, transformando-os em imagem.
Dessa forma, é possível visualizar o instrumento nas imagens cerebrais da ressonância magnética.
No primeiro mês de funcionamento, a empresa Brain Lab enviará um médico que fará o treinamento dos profissionais que vão manusear o equipamento no Brasil.



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