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Motim de 16 horas acaba com 3
mortos e 13 feridos em Jundiaí
Marcos Peron/Folha Imagem
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Presidiários aguardam contagem e revista no interior da Cadeia Pública de Jundiaí após rebelião |
LUCIANO CALAFIORI
free-lance para a Folha Campinas
Três presos morreram e 13 ficaram feridos, um deles em estado
grave, durante uma rebelião que
durou 16 horas na Cadeia Pública
de Jundiaí (60 km de SP).
Foi a pior rebelião na região de
Jundiaí nos últimos cinco anos,
de acordo com a delegacia seccional da cidade.
Segundo a polícia, todas as vítimas foram agredidas pelos colegas das celas com golpes de estiletes, que foram fabricados dentro
da prisão. Nenhum policial se feriu durante o motim.
Ainda de acordo com a polícia,
as mortes aconteceram porque
um grupo de presos não concordou com a rebelião.
O motim começou na madrugada de ontem durante uma tentativa frustrada de fuga em massa.
Um grupo de 280 detentos estava no local onde cabem apenas
120 presos, divididos em 20 celas.
Os rebelados destruíram a área
administrativa da cadeia e atearam fogo no setor de arquivo, onde estavam informações dos presos e da unidade prisional.
Dois carcereiros foram feitos reféns no início da rebelião. Um deles chegou a ser amarrado a um
botijão de gás.
Às 11h, os presos aceitaram trocar os reféns pela promessa de benefício de regime semi-aberto para os presos condenados e que
cumpriram parte da pena. A rebelião acabou no final da tarde.
Para amenizar a superlotação
da cadeia, a polícia transferiu 20
detentos -dez para Campo Limpo Paulista (45 km de SP) e dez
para Itatiba (90 km de SP).
Outros oito presos conseguiram
prisão semi-aberta e foram soltos
ontem mesmo, segundo o delegado-assistente da Delegacia Seccional de Jundiaí, Fernando Bardi.
A cadeia ficou parcialmente
destruída. Documentos, colchões
e cobertores foram queimados
pelos rebelados.
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