São Paulo, Terça-feira, 10 de Agosto de 1999
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Jorginho é condenado por falsificação

Jorginho é condenado em processo de falsificação

LUCIANA CAVALINI
da Folha Ribeirão

O advogado Jorge Delmanto Bouchabki, o Jorginho, foi condenado a dois anos de reclusão e pagamento de multa por falsificação de documento.
O advogado Lázaro Sanseverino Filho, que representa Jorginho no caso, disse que vai recorrer.
Segundo a sentença judicial, em 1992, quando ainda era estudante da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), ele utilizou cheques roubados para pagar sua mensalidade e de outras três amigas na universidade. Os cheques pertenciam a Ênia Luciane Marques da Silva, funcionária da Unaerp, e haviam sido roubados.
Essa é a primeira condenação de Jorginho, que foi inocentado da acusação de ter matado os pais na véspera do Natal de 88, no caso que ficou conhecido como o crime da rua Cuba.
Jorge Toufic Bouchabki e Maria Cecília Delmanto Bouchabki foram encontrados mortos em seu quarto. Jorginho foi apontado como o principal suspeito do crime, mas não houve provas para levá-lo a júri popular.
O juiz Guaracy Sibille Leite condenou Jorginho a dois anos de reclusão e pagamento de multa. Como a pena de reclusão é inferior a quatro anos, o juiz substituiu a condenação por pagamento de um valor igual ao estabelecido na multa à Apae (Associação de Pais e Amigos do Excepcional) e prestação de serviços à comunidade.
A multa e o valor que terá que ser pago à Apae por Jorginho somam hoje cerca de R$ 55 mil, segundo a Justiça.
Segundo o processo, exames grafotécnicos confirmaram que Jorginho e Marcelo Ferreira de Paiva falsificaram assinaturas em cheques roubados da funcionária para pagar mensalidades.
Pelo exame, três cheques foram falsificados por Paiva. Outros quatro, que somavam um valor de cerca de US$ 1.500 (R$ 2.764,50), tiveram a data e a assinatura falsificadas por Jorginho.


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