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PLURALISMO
Evento discute potencial turístico da cidade e do país para esse segmento
Rio quer entrar na rota do
turismo homossexual
da Sucursal do Rio
O Rio e outras cidades do país,
como Salvador, preparam-se para
entrar na rota oficial do turismo
homossexual internacional. A
partida para esse projeto será dada
hoje com a promoção, no Rio, de
um simpósio da IGLTA (sigla em
inglês da Associação Internacional
de Turismo Gay e Lésbico).
Até sábado, no hotel Rio Othon
Palace, em Copacabana (zona
sul), cerca de 160 representantes
de hotéis e operadores de turismo
de vários países do mundo estarão
discutindo o potencial turístico
brasileiro para esse segmento.
Para a diretora da operadora de
turismo receptivo carioca Style
Travel, Angela Barbosa, que organiza o simpósio junto com a IGLTA, ser sede de um evento desse
porte é muito importante.
"Uma vez realizado um evento desses, automaticamente o Rio
entra no roteiro gay", disse Barbosa. O Rio funcionaria também como portão de entrada no país para
o turismo homossexual.
Segundo ela, cidades como Salvador, Fortaleza e Foz do Iguaçu e
regiões como o Pantanal e a Amazônia também atrairiam o turista
homossexual -não só pela suposta hospitalidade de seus habitantes, mas também pela música brasileira e pela sua beleza natural.
Como saldo do simpósio, espera-se que os participantes saiam
do Rio com uma boa noção de como vender o Brasil para esse público, que, só no ano passado, nos
EUA, teria movimentado cerca de
US$ 17 bilhões em turismo.
Segundo a IGLTA, a renda anual
por unidade familiar desse segmento nos EUA é de US$ 55,4 mil,
enquanto a da população total fica
em US$ 36,5 mil.
Barbosa afirmou que a IGLTA
conta com cerca de 1.400 empresas
associadas em vários países do
mundo, como redes hoteleiras e
companhias aéreas como a United
Airlines e a Varig.
O simpósio tem apoio da prefeitura, da Embratur, da TurisRio e
do Rio Convention Bureau. Estarão em pauta temas como turismo
ecológico e cultural, direitos humanos e como reagir à discriminação contra os homossexuais.
Serão também discutidas preocupações em relação a cidades de
grande porte como o Rio. O problema da segurança será um tema
recorrente, com discussões sobre
cuidados necessários, como evitar
alguns locais e beber com estranhos, para não cair no golpe "Boa
Noite, Cinderela".
Nesse tipo de golpe, assaltantes
costumam colocar soníferos na
bebida de homossexuais, para depois roubá-los.
Ela acha que a cidade do Rio tem
muitos atrativos para os homossexuais. Barbosa cita dois pontos da
orla da zona sul bastante procurados por homossexuais, como a
praia de Copacabana, em frente ao
hotel Copacabana Palace, e a de
Ipanema, em frente à rua Farme
de Amoedo.
Outro ponto de interesse para visitação, segundo ela, é o museu
Carmen Miranda, na praia do Flamengo (zona sul), já que a cantora
é cultuada por homossexuais.
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