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POLÍCIA
Golpe eletrônico lidera no Procon
ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local
Os golpes eletrônicos lideram
entre as reclamações recebidas este ano pelo Procon (Fundação de
Proteção e Defesa do Consumidor) contra bancos da capital.
De janeiro a julho foram cadastradas 300 queixas de clientes que
tiveram dinheiro sacado de suas
contas correntes por golpistas -
um quarto de todas as reclamações (1.290). O segundo motivo,
com 246 casos, é a cobrança indevida de tarifas de serviços.
A estatística do Procon revela
também que mais 383 pessoas
caíram em algum tipo de golpe
eletrônico nesse período em São
Paulo, mas não utilizaram o órgão contra os bancos e ficaram de
fora da lista de reclamações. Assim, chega-se a 683 vítimas em
apenas sete meses, dado que nem
a polícia possui porque não separa esse tipo de crime.
O aumento do número de saques considerados indevidos levou o órgão cadastrar os golpes
em separado a partir deste ano.
""A quantidade vem crescendo assustadoramente", afirmou Marcelo Ponce, técnico do Procon.
Na maioria dos casos, segundo
Ponce, o banco não devolveu o dinheiro por entender que o cliente
não protegeu a senha ou o cartão.
Esquema
O golpe mais comum é o do cartão ""engolido" pelo caixa eletrônico. O autor do golpe introduz
uma armadilha na máquina de
atendimento para impedir a saída
do cartão. Depois de observar a
senha da vítima e de esperar a saída dela da agência, ele saca o dinheiro e foge.
As retiradas variam de acordo
com o banco e, dependendo do
tempo que o cliente leva para perceber que foi enganado, o prejuízo aumenta. Esse é o caso da cabeleireira Edineusa Caetano de Freitas, 26, que perdeu R$ 700 em
uma noite. Ela só procurou o banco no dia seguinte.
Também há casos de cartões
clonados, segundo o Procon.
Há dois meses, a polícia descobriu outro esquema, feito por
meio do telefone. A vítima recebe
uma ligação de falso funcionário
do banco dizendo que precisa
atualizar dados para conta especial ou cartão de crédito. Depois,
vai até uma agência e tenta chegar
à senha, partindo inicialmente da
dato do nascimento do cliente. O
plano depende de um laranja (outro cliente do banco), que é convencido a receber uma transferência de valores (operação sem
cartão) e sacar em um dos caixas
eletrônicos da rede.
Uma ex-caixa de supermercado
presa na região dos Jardins, no
mês retrasado, teria arrecadado
cerca de R$ 30 mil com esse tipo
de crime em três meses.
A última modalidade de golpe
eletrônico atinge quem utiliza a
Internet para movimentar a conta
corrente. Até agora, há 11 casos registrados pela polícia desde julho.
A Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos)
informou que as falhas estão sendo estudadas e corrigidas. Também afirmou que os valores são
ressarcidos após investigação.
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