São Paulo, sábado, 10 de outubro de 1998

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Área prioritária não terá corte, diz governo

da Reportagem Local

Vigilância Sanitária, combate à dengue, controle de endemias, prevenção do câncer de colo de útero, assistência materno-infantil, vacinação e o programa do sangue são, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, áreas prioritárias que não sofrerão cortes.
No entanto, a três meses do final do ano, em cinco dessas áreas ainda não foram gastas nem metade das verbas previstas no orçamento de 98.
A verba total liberada para os setores prioritários é de cerca de R$ 580 milhões, o equivalente a 3% do orçamento total da Saúde para este ano.
Os gastos com Vigilância Sanitária, por exemplo, correspondem a 34% do previsto. Boa parte das verbas -46%- não foi comprometida para gastos. Os dados são do relatório de execução orçamentária do ministério, com gastos feitos até 30 de setembro.
Segundo o secretário Negri, apesar disso, os gastos com Vigilância Sanitária são muito maiores do que em outros anos, e tudo o que for necessário gastar com Vigilância será fornecido pelo Ministério.
O coordenador da comissão de acompanhamento orçamentário do ministério, Elias Jorge, reconhece que os gastos de 98 são os maiores já feitos com Vigilância. mas, na opinião dele, os recursos ainda são insuficientes.
Gilson Carvalho, também da comissão, diz que o fato de pouco ter sido gasto no setor nos anos anteriores fez com que a Vigilância tivesse fiscalizado menos do que deveria. "É por isso que hoje temos esse escândalo de medicamentos falsos que estamos vendo", diz.

Outras prioridades
A erradicação da dengue é o programa prioritário que mais gastou os recursos previstos. O gasto total com o programa varia de 59,2% a 74,42%, conforme a origem das verbas.
Já o programa de prevenção ao câncer de colo de útero, uma das principais campanhas da gestão do ministro José Serra, consumiu 44,27% do previsto. A campanha, que pretende examinar e orientar 4 milhões de mulheres de 35 a 49 anos, acabou em 30 de setembro.



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