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Área prioritária não terá corte, diz governo
da Reportagem Local
Vigilância Sanitária, combate à
dengue, controle de endemias,
prevenção do câncer de colo de
útero, assistência materno-infantil, vacinação e o programa do
sangue são, segundo o secretário-executivo do Ministério da
Saúde, Barjas Negri, áreas prioritárias que não sofrerão cortes.
No entanto, a três meses do final
do ano, em cinco dessas áreas ainda não foram gastas nem metade
das verbas previstas no orçamento
de 98.
A verba total liberada para os setores prioritários é de cerca de R$
580 milhões, o equivalente a 3%
do orçamento total da Saúde para
este ano.
Os gastos com Vigilância Sanitária, por exemplo, correspondem a
34% do previsto. Boa parte das
verbas -46%- não foi comprometida para gastos. Os dados são
do relatório de execução orçamentária do ministério, com gastos feitos até 30 de setembro.
Segundo o secretário Negri, apesar disso, os gastos com Vigilância
Sanitária são muito maiores do
que em outros anos, e tudo o que
for necessário gastar com Vigilância será fornecido pelo Ministério.
O coordenador da comissão de
acompanhamento orçamentário
do ministério, Elias Jorge, reconhece que os gastos de 98 são os
maiores já feitos com Vigilância.
mas, na opinião dele, os recursos
ainda são insuficientes.
Gilson Carvalho, também da comissão, diz que o fato de pouco ter
sido gasto no setor nos anos anteriores fez com que a Vigilância tivesse fiscalizado menos do que deveria. "É por isso que hoje temos
esse escândalo de medicamentos
falsos que estamos vendo", diz.
Outras prioridades
A erradicação da dengue é o programa prioritário que mais gastou
os recursos previstos. O gasto total
com o programa varia de 59,2% a
74,42%, conforme a origem das
verbas.
Já o programa de prevenção ao
câncer de colo de útero, uma das
principais campanhas da gestão
do ministro José Serra, consumiu
44,27% do previsto. A campanha,
que pretende examinar e orientar
4 milhões de mulheres de 35 a 49
anos, acabou em 30 de setembro.
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