São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005

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MISTÉRIO

Garota de 17 anos, que fazia intercâmbio, seguia para encontro religioso

Estudante dos EUA some em Minas quando pedia carona

Associated Press
A estudante MyKensie Martin, que desapareceu em Unaí (MG)


DA REDAÇÃO

Uma estudante norte-americana de 17 anos que fazia intercâmbio no Brasil está desaparecida desde a tarde de domingo, quando foi vista pedindo carona em Unaí (604 km de Belo Horizonte).
Segundo o programa de intercâmbio do Rotary em Bend, no Oregon (EUA), MyKensie Martin estava desde julho no Brasil -onde pretendia ficar um ano- e seguia para Brasília para participar de um encontro da igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ligada aos mórmons.
Martin saiu no domingo de manhã de Carmo do Paranaíba, cidade na qual fixou residência, para Patos de Minas, onde freqüentava a igreja. Ela trocou o bilhete de retorno por outro até Unaí. Lá, pretendia pedir carona para Brasília, pois não tinha dinheiro suficiente para a passagem rodoviária.
O FBI (polícia federal norte-americana) acionou seu escritório no Brasil para investigar o caso. "Estamos tentando verificar o que, como e quando isso aconteceu", afirmou ontem Beth Anne Steele, assessora do órgão.
A chegada dos pais de Martin ao Brasil era prevista para ontem. "Estamos preparados para o pior e esperamos o melhor", disse o pai da adolescente, Steve Martin, a um jornal de Bend. "Só sentimos que precisamos ficar o mais perto possível porque a comunicação não é boa o suficiente."
Segundo ele, o último saque da garota com cartão bancário, de R$ 30, aconteceu no sábado.
Lineu Cardoso, pai da família que hospedava Martin em Carmo do Paranaíba, disse que a garota chegou ao Brasil sem falar português, mas, nos últimos meses, a comunicação havia melhorado. Depois de um início difícil -Cardoso disse que a adolescente chorava muito em casa e na escola-, Martin teria se adaptado à cidade, de cerca de 30 mil habitantes.
Ainda não há informações precisas sobre o paradeiro da garota. Na delegacia de Unaí, por volta das 19h30, um escrivão que se identificou como Éder disse que a Polícia Civil do município já tinha conhecimento do caso. Nenhum delegado estava no local.

Com agências internacionais e a Agência Folha

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