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ARQUITETURA
Mirante permitirá observar o encontro das águas de rios em Manaus
Amazônia terá obra de Niemeyer
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Prefeitura de Manaus contratou o arquiteto Oscar Niemeyer para projetar um mirante para a observação de um dos principais cartões-postais da Amazônia, o encontro das águas dos
rios Negro e Solimões. O projeto
custou R$ 600 mil. Já a execução
é estimada em R$ 5 milhões.
O mirante será construído até
2006 na localidade da Ponta das
Lajes, na margem esquerda do
rio Negro. O local, de 124 mil m2,
tem visão privilegiada do encontro das águas, fenômeno natural
provocado pela confluência das
águas escuras do rio Negro com
as águas barrentas do rio Solimões. Por uma extensão de mais
de 6 km, as águas dos dois rios
correm lado a lado sem se misturar. Para observar o fenômeno,
os turistas fretam embarcações.
Nesta semana, Oscar Niemeyer começou a enviar as primeiras partes do projeto executivo
da obra, discutida em abril, na
casa dele no Rio de Janeiro.
Compõem o mirante um museu -uma edificação em côncavo e duas formas em concreto,
com 20 m de altura cada uma,
que se encontram nas extremidades-, um restaurante com janelas panorâmicas e um parque,
que já tem exemplares de árvores nativas. Preliminarmente, o
projeto está sendo chamado de
Memorial das Águas.
Ontem, por telefone, Niemeyer, 97, disse à Folha que se inspirou na floresta amazônica e no
encontro dos rios para projetar
sua primeira obra de arquitetura
e engenharia na Amazônia. "É
um lugar fantástico, tem o rio, o
encontro dos rios, um lugar muito importante. A arquitetura
procura refletir esse encontro
das águas e sua beleza."
Como não viaja mais de avião,
o arquiteto disse que sua equipe
acompanhará a execução do
projeto. Ele não irá à inauguração, prevista para 2006. "Eu já
viajei muito, agora não viajo
mais. Eu vou ler os jornais para
ver se gostaram."
(KÁTIA BRASIL)
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