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Metralhadoras bolivianas entram por Corumbá
DO ENVIADO A PUERTO SUÁREZ
As metralhadoras .30
apreendidas nos dois últimos
anos em redutos de traficantes
de drogas do Rio entram no
Brasil por Corumbá, indica investigação da Polícia Civil.
Quatro das 39 metralhadoras
-a arma é capaz de perfurar
blindados- achadas pela polícia desde 2007 em favelas têm o
brasão da República da Bolívia.
Muitas outras estão raspadas
no local onde ficariam os brasões, o que, pela sequência numérica semelhante, induz os
policiais à suposição de que integravam o mesmo lote.
Especialista em tráfico de armas, crime que investiga há oito anos, o delegado Carlos Oliveira, subchefe operacional da
Polícia Civil do Rio, disse que as
metralhadoras ingressaram em
Corumbá a partir da região de
Puerto Suárez, devido à fiscalização de fronteira deficiente.
De acordo com o delegado
Mario Paulo Nomoto, chefe
da Delegacia da PF em Corumbá, as metralhadoras podem ter
sido negociadas com traficantes brasileiros por remanescentes de grupos paramilitares
que atuaram nas últimas décadas na Bolívia.
"Fui informado de que são
armas antigas, mas ainda em
condições de uso", afirmou o
delegado.
A Folha tentou ouvir o coronel Osvaldo Peláez Ramos, comandante de Fronteira Policial
da Polícia Boliviana, em Puerto
Suárez. Informado por um auxiliar sobre o assunto da entrevista, ele preferiu não falar.
(ST)
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