São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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Metralhadoras bolivianas entram por Corumbá

DO ENVIADO A PUERTO SUÁREZ

As metralhadoras .30 apreendidas nos dois últimos anos em redutos de traficantes de drogas do Rio entram no Brasil por Corumbá, indica investigação da Polícia Civil.
Quatro das 39 metralhadoras -a arma é capaz de perfurar blindados- achadas pela polícia desde 2007 em favelas têm o brasão da República da Bolívia. Muitas outras estão raspadas no local onde ficariam os brasões, o que, pela sequência numérica semelhante, induz os policiais à suposição de que integravam o mesmo lote.
Especialista em tráfico de armas, crime que investiga há oito anos, o delegado Carlos Oliveira, subchefe operacional da Polícia Civil do Rio, disse que as metralhadoras ingressaram em Corumbá a partir da região de Puerto Suárez, devido à fiscalização de fronteira deficiente.
De acordo com o delegado Mario Paulo Nomoto, chefe da Delegacia da PF em Corumbá, as metralhadoras podem ter sido negociadas com traficantes brasileiros por remanescentes de grupos paramilitares que atuaram nas últimas décadas na Bolívia.
"Fui informado de que são armas antigas, mas ainda em condições de uso", afirmou o delegado.
A Folha tentou ouvir o coronel Osvaldo Peláez Ramos, comandante de Fronteira Policial da Polícia Boliviana, em Puerto Suárez. Informado por um auxiliar sobre o assunto da entrevista, ele preferiu não falar. (ST)


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