São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 2002

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PANORÂMICA

VIOLÊNCIA

Mulher lidera assalto frustrado ao Incor e faz 30 reféns por quase uma hora
Cerca de 30 funcionários, entre eles duas grávidas, foram feitos reféns por cerca de 50 minutos no fim da manhã de ontem durante uma tentativa frustrada de assalto a um andar administrativo do Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas (HC), zona oeste de São Paulo.
Os assaltantes Roberta Vilela, 22 -apontada pela polícia como líder do grupo-, Afonso dos Santos Bela, 22, e Francisco José dos Santos Silva, 19, se entregaram sem que houvesse troca de tiros. Pelo menos outros dois assaltantes esperavam do lado de fora, mas conseguiram escapar. Não houve feridos.
O grupo pretendia roubar o setor de benefícios do Incor, no segundo andar do prédio, onde ficam guardados os vales-transporte e vales-alimentação.
"Ela [Vilela] exercia a liderança. Dizia que podia sair morta e que levaria alguns reféns", contou o delegado do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) Osvaldo Nico Gonçalves, que participou das negociações com os assaltantes.
O diretor de Segurança do HC, Trajano Conrado, disse que Bela pode ter participado de um assalto ao mesmo local em junho, durante a Copa do Mundo, quando R$ 270 mil em vales foram roubados. "Alguns seguranças o reconheceram."
"Foi horrível, é a segunda vez que eu passo por isso. A única coisa que eu quero ver agora é meu filho de cinco anos", disse G.L.C., uma das reféns.
O tenente Marcelo Farah, do 23º Batalhão da PM e que também participou das negociações, disse que outros dois assaltantes entraram no Incor ao lado dos três e dois ficaram em uma moto e um Gol do lado de fora, totalizando sete assaltantes. Quatro teriam fugido após a chegada da polícia. Gonçalves disse que os assaltantes estavam em um total de cinco.
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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