São Paulo, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

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LUIZ CARLOS ALBORGHETTI
(1945-2009)


O apresentador do "bandido bom é bandido morto"

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Socar a mesa com porrete e vociferar contra a bandidagem no país tornou Luiz Carlos Alborghetti conhecido.
A partir do fim da década de 1970, ele apresentou programas policias em rádios, TVs e, mais recentemente, na internet, defendendo a ideia de que bandido bom é bandido morto. Enérgico, xingava meio mundo, inclusive a própria equipe de trabalho.
Sua influência para o jornalismo policial e popularesco foi grande: antes de ficar famoso, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, trabalhou como seu repórter, imitando, depois, aquele estilo.
Com início em rádios locais do Paraná, Alborghetti conseguiu levar seus programas -todos tiveram a palavra cadeia no nome- para a TV, nos anos 80, a convite da CNT.
A atração, que no começo possuía apenas cinco minutos de duração, com o sucesso alcançaria quase duas horas e ganharia transmissão para todo o país na década de 90.
Devido à fama, elegeu-se vereador e deputado estadual. Era filiado ao DEM. Desde o começo do ano, estava afastado do trabalho.
Magro e sem cabelo, divulgou um vídeo em outubro para agradecer o apoio dos fãs internautas. Morreu ontem, aos 64, de um câncer de pulmão.
Deixa a companheira, Maria Auxiliadora, filhos e netos.
O corpo seria velado a partir da noite de ontem na Assembleia Legislativa do PR e seguiria às 16h de hoje para o crematório Vaticano, localizado em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba.

coluna.obituario@uol.com.br


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