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LUIZ CARLOS ALBORGHETTI
(1945-2009)
O apresentador do "bandido bom é bandido morto"
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Socar a mesa com porrete e
vociferar contra a bandidagem no país tornou Luiz Carlos Alborghetti conhecido.
A partir do fim da década de
1970, ele apresentou programas policias em rádios, TVs e,
mais recentemente, na internet, defendendo a ideia de
que bandido bom é bandido
morto. Enérgico, xingava
meio mundo, inclusive a própria equipe de trabalho.
Sua influência para o jornalismo policial e popularesco
foi grande: antes de ficar famoso, o apresentador Carlos
Massa, o Ratinho, trabalhou
como seu repórter, imitando,
depois, aquele estilo.
Com início em rádios locais
do Paraná, Alborghetti conseguiu levar seus programas
-todos tiveram a palavra cadeia no nome- para a TV, nos
anos 80, a convite da CNT.
A atração, que no começo
possuía apenas cinco minutos
de duração, com o sucesso alcançaria quase duas horas e
ganharia transmissão para todo o país na década de 90.
Devido à fama, elegeu-se
vereador e deputado estadual. Era filiado ao DEM.
Desde o começo do ano, estava afastado do trabalho.
Magro e sem cabelo, divulgou
um vídeo em outubro para
agradecer o apoio dos fãs internautas. Morreu ontem, aos
64, de um câncer de pulmão.
Deixa a companheira, Maria
Auxiliadora, filhos e netos.
O corpo seria velado a partir da noite de ontem na Assembleia Legislativa do PR e
seguiria às 16h de hoje para o
crematório Vaticano, localizado em Campina Grande do
Sul, região metropolitana de
Curitiba.
coluna.obituario@uol.com.br
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