São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2001
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Dênis é enterrado no Rio e tem cremação negada SABRINA PETRY VIVIANE PAULA VIANA DA SUCURSAL DO RIO O advogado Water Luiz, que tinha Denir Leandro do Nascimento, o Dênis da Rocinha, como cliente, disse ontem, no velório, que o traficante temia por sua segurança no presídio Bangu 1. O advogado disse que já tinha feito vários pedidos para transferir Dênis de presídio. O último pedido teria ocorrido há três meses. Todos os pedidos teriam sido negados pelo Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário). "Bangu 1 é desumano. Ele já estava lá havia 11 anos e queríamos levá-lo para Bangu 4", disse Luiz. Dênis foi enterrado ontem à tarde no cemitério da Ordem do Carmo, no Caju (zona norte do Rio), sob a vigilância de 45 policiais militares. Cerca de cem familiares e amigos da Rocinha chegaram em quatro ônibus para acompanhar o cortejo. O corpo foi enterrado sob aplausos. Não houve tumulto. A família queria cremar o cadáver de Dênis, mas, segundo o advogado, a 14ª Circunscrição Civil proibiu. Water Luiz disse não entender a negativa do pedido para a cremação do corpo. "Isso é uma covardia. A perícia já foi feita. Não há motivo para a negativa. Vou continuar lutando na Justiça pelo desejo de Dênis", afirmou. Luiz disse ainda que teria sido impedido de acompanhar a perícia e que "é difícil saber se o traficante foi morto pelo sistema ou pelos outros presos". No enterro, familiares e amigos não quiseram falar sobre a morte do traficante. Os 11 presos que estavam na mesma galeria do traficante serão ouvidos a partir de hoje por Irineu Barroso, delegado encarregado do caso. Texto Anterior: Nos anos 80, Zaca iniciou "guerra" no Dona Marta Próximo Texto: Panorâmica - Violência: Menores foram torturados por PM, diz família Índice |
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