São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2001

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Médico de SP tem prisão preventiva decretada

EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

O psiquiatra Lineu Castelo Branco, 48, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, depois que inquérito policial concluiu que ele abusava sexualmente de pacientes. Uma delas teria sido estuprada em seu consultório, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
O juiz Fernando Geraldo Simão, da 2ª Vara Criminal, considerou que "a progressividade nas condutas criminosas do réu" é indicativo de "acentuada periculosidade ao convívio social".
Para a polícia, Castelo Branco está foragido. No dia 20 de setembro, ele prestou depoimento e negou as acusações.
Um de seus advogados, Paulo Goraib, disse ter ficado surpreso com a decisão da Justiça. Ele deve entrar com habeas corpus no Tribunal de Justiça ainda esta semana, para tentar evitar a prisão.
O médico foi afastado do serviço público em agosto do ano passado, acusado de estupro, assédio sexual e atentado violento ao pudor a pacientes. O CRM (Conselho Regional de Medicina) também investiga as denúncias, mas ainda não tem conclusão.
Castelo Branco trabalhava havia oito anos no Ambulatório Regional de Saúde Mental de São José do Rio Preto (451 km a noroeste de SP), onde teriam ocorrido alguns casos de abuso. Oito mulheres formalizaram denúncias na Delegacia de Defesa da Mulher.
A denúncia mais grave é de estupro. A dona-de-casa A.S., 40, casada, disse ter sido violentada pelo médico no dia 14 de agosto do ano passado. Laudo do Instituto Médico Legal constatou espermatozóide na vagina.


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