São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2002

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Vizinho disse ter ouvido 4 tiros

DA FOLHA CAMPINAS

Os vizinhos da dona-de-casa Rosana Rangel Melotti passavam indignados na frente da casa dela ontem, onde foi assassinada com três tiros de fuzil.
"Não acredito que ela tenha morrido aqui. Passo nesse lugar todos os dias de bicicleta", disse o aposentado Nilson Rossi, 55. "Escutei quatro tiros. Três seguidos e outro depois de um tempo."
Rossi disse que conhecia "de vista" a vítima e que sabia que "ela se dava muito bem com os outros ciganos do bairro". "Aqui [no Parque Taquaral", pelo menos 20% da população é cigana", disse. "A casa dela estava sempre bem movimentada."
A dona-de-casa Lucy de Mello Paracencio, 47, só acreditou que a amiga havia sido morta quando passou na frente da casa de Rosana e viu a presença de repórteres.
"Não me digam que Rosana é a mulher que foi morta pelos sequestradores", afirmou Lucy, chorando. "Ela era um amor de pessoa, ótima, maravilhosa."
Lucy disse que havia tentado ligar para a casa de Rosana, mas a informação era que o telefone estava fora de serviço.
Segundo pessoas ligadas à família, o telefone da casa estava com a linha cortada havia três meses por falta de pagamento. Elas informaram que a família passava por dificuldades financeiras. O marido da vítima, Pierro Melotti, seria um empresário do setor metalúrgico.
A amiga disse ainda que ela e Rosana costumavam se encontrar em shoppings e supermercados. "Ela sempre andava bem vestida e eu a achava muito bonita."
Segundo vizinhos, Rosana costumava dirigir um BMW branco.




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