São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2002

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PANORÂMICA

DUTRA PINTO

Novos medicamentos podem abrir mais uma frente de investigação da polícia
Esdra Dutra Pinto, irmão de Fernando, forneceu ontem uma nova informação à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal que aumenta ainda mais o mistério sobre a morte do sequestrador.
Segundo ele, um agente identificado como "Richard" teria ligado para o pai de Fernando, Antonio Pinto, no dia 31 de dezembro, para pedir laxante e glicose para o seu filho. O pacote com leite de magnésia, Lactopurga e glicose teria sido entregue no CDP do Belém, mas Esdra não soube dizer se Fernando havia recebido os remédios.
Os deputados federais Luiz Eduardo Greenhalgh e Orlando Fantazzini afirmam que a informação abre uma nova frente de investigação. O uso da medicação tem duas interpretações. O pedido mostraria que Fernando não teve atendimento médico. A outra é que a glicose poderia ter sido usada para maquiar um possível envenenamento.
Anthony Wong, chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, descarta essa possibilidade. "Provavelmente foi uma intenção inútil de ajudá-lo", disse Wong.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que o caso será investigado por uma sindicância que está em andamento. O corpo do sequestrador não foi liberado ontem, o que pode ocorrer hoje. Luciana dos Santos Sousa, a Jenifer, e Esdra devem comparecer ao velório.
"Daqui a pouco vai ser Osama bin Laden que enviou um avião para levar o sequestrador", disse o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, ao que ironizar a possível participação do Mossad (serviço secreto israelense) na apuração do sequestro de Patrícia, filha de Silvio Santos. Hoje, o Ministério da Justiça irá avaliar a tortura e a morte nos presídios brasileiros, incluindo o caso de Fernando. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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