São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

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Governo quer "máquina de camisinha" nas escolas

Projeto é para colégio que oferece educação sexual

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Escolas públicas que desenvolvem programas de prevenção e de saúde reprodutiva ganharão um novo instrumento para que o jovem tenha acesso gratuito a preservativos -um equipamento de distribuição de camisinhas no estilo "máquina de refrigerantes".
Para isso, os ministérios da Saúde e da Educação iniciaram concurso entre os Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica) que incentiva a criação de um protótipo da máquina, que forneceria o preservativo na embalagem unitária.
A forma de acesso -fichas distribuídas na escola, senha ou outra maneira- deve ser definida em projeto pedagógico que acompanhará o protótipo.
Até junho, o governo espera receber as propostas. Quer ter equipamentos prontos para testes em 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids. O custo do programa dependerá do protótipo escolhido.
Segundo o Censo Escolar 2005, cerca de 98 mil escolas têm ações contra DST/Aids. Dessas, 17% dos estabelecimentos de ensino médio e 9% do fundamental distribuem preservativos gratuitamente.
O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, diz que a idéia está ligada à escolha individual dos adolescentes. "Há uma rediscussão da educação sexual. Para que os jovens tenham direito ao exercício da escolha, é preciso oferecer acesso a informações e instrumentos de prevenção. Por isso a idéia de colocar a camisinha na escola."
Pesquisa da Unesco em pouco mais de cem escolas brasileiras aponta que 63% dos pais entrevistados consideraram "legal" a idéia de disponibilizar preservativos aos adolescentes.


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