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Governo quer "máquina de camisinha" nas escolas
Projeto é para colégio que oferece educação sexual
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Escolas públicas que desenvolvem programas de prevenção e de saúde reprodutiva ganharão um novo instrumento
para que o jovem tenha acesso
gratuito a preservativos -um
equipamento de distribuição
de camisinhas no estilo "máquina de refrigerantes".
Para isso, os ministérios da
Saúde e da Educação iniciaram
concurso entre os Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica) que incentiva a criação de um protótipo da máquina, que forneceria o preservativo na embalagem unitária.
A forma de acesso -fichas
distribuídas na escola, senha ou
outra maneira- deve ser definida em projeto pedagógico
que acompanhará o protótipo.
Até junho, o governo espera
receber as propostas. Quer ter
equipamentos prontos para
testes em 1º de dezembro, Dia
Mundial de Luta contra a Aids.
O custo do programa dependerá do protótipo escolhido.
Segundo o Censo Escolar
2005, cerca de 98 mil escolas
têm ações contra DST/Aids.
Dessas, 17% dos estabelecimentos de ensino médio e 9%
do fundamental distribuem
preservativos gratuitamente.
O secretário de Educação
Continuada, Alfabetização e
Diversidade do MEC, Ricardo
Henriques, diz que a idéia está
ligada à escolha individual dos
adolescentes. "Há uma rediscussão da educação sexual. Para que os jovens tenham direito
ao exercício da escolha, é preciso oferecer acesso a informações e instrumentos de prevenção. Por isso a idéia de colocar a
camisinha na escola."
Pesquisa da Unesco em pouco mais de cem escolas brasileiras aponta que 63% dos pais entrevistados consideraram "legal" a idéia de disponibilizar
preservativos aos adolescentes.
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