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"Segundo escalão" recebe até 5%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na hierarquia da megaquadrilha do PCC, depois dos chefes, há
o "segundo escalão". São pessoas
de confiança dos chefes. Nesse caso, apesar de cada um ter um papel específico em cada "serviço",
as funções podem mudar de um
assalto para outro. A parcela distribuída a eles é de até 5% do total
conseguido. Os demais integrantes prestam serviços e ganham
por empreitada.
Só na denúncia feita à Justiça
Federal do Ministério Público, 20
pessoas são apontadas como responsáveis pelo crime do aeroporto de Brasília, inclusive funcionários da Infraero, acusados de fornecer informações sobre aeroportos e cargas em todo o país.
Segundo a denúncia feita pelo
procurador da República Marcelo
Serra Azul, "trata-se de uma quadrilha armada que atua no Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, com ramificações
dentro da Infraero e de uma empresa de segurança privada".
Para o procurador, apesar das
evidências de atuação do grupo
nos nove crimes apontados pela
Polícia Federal, ele prefere chamar o grupo de embrião de organização criminosa.
"A tendência era eles caminharem para uma organização mais
rigidamente estruturada. Com as
prisões já efetuadas, a quadrilha
se desarticulou."
Para o delegado Antônio Celso
dos Santos, vários membros do
grupo ainda estão soltos e planejando crimes. "Para desmantelar
uma quadrilha como essa, seria
necessário um trabalho dirigido,
de pelo menos uns seis meses."
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