São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2001

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"Segundo escalão" recebe até 5%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na hierarquia da megaquadrilha do PCC, depois dos chefes, há o "segundo escalão". São pessoas de confiança dos chefes. Nesse caso, apesar de cada um ter um papel específico em cada "serviço", as funções podem mudar de um assalto para outro. A parcela distribuída a eles é de até 5% do total conseguido. Os demais integrantes prestam serviços e ganham por empreitada.
Só na denúncia feita à Justiça Federal do Ministério Público, 20 pessoas são apontadas como responsáveis pelo crime do aeroporto de Brasília, inclusive funcionários da Infraero, acusados de fornecer informações sobre aeroportos e cargas em todo o país.
Segundo a denúncia feita pelo procurador da República Marcelo Serra Azul, "trata-se de uma quadrilha armada que atua no Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, com ramificações dentro da Infraero e de uma empresa de segurança privada".
Para o procurador, apesar das evidências de atuação do grupo nos nove crimes apontados pela Polícia Federal, ele prefere chamar o grupo de embrião de organização criminosa.
"A tendência era eles caminharem para uma organização mais rigidamente estruturada. Com as prisões já efetuadas, a quadrilha se desarticulou."
Para o delegado Antônio Celso dos Santos, vários membros do grupo ainda estão soltos e planejando crimes. "Para desmantelar uma quadrilha como essa, seria necessário um trabalho dirigido, de pelo menos uns seis meses."


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