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SEGURANÇA
Ronda individual será ampliada para tentar inibir crimes contra o patrimônio; soldados criticam medida
PM de Campinas vai intensificar a patrulha solitária
DA FOLHA CAMPINAS
A Polícia Militar de Campinas e
região vai ter o projeto de policial
solitário intensificado e ampliado
neste ano, segundo o novo comandante do CPI-2 (Comando
de Policiamento do Interior), coronel Reynaldo Pinheiro Silva.
O novo comandante assumiu o
cargo na última quarta-feira e
afirmou que pretende reduzir o
número de ocorrências de crimes
contra o patrimônio.
"Trabalhamos muito com os índices e sabemos que Campinas,
por ser uma cidade grande e com
bastante renda, também concentra muitas ocorrências", disse o
coronel, em entrevista à Folha.
Para melhorar os dados de solução de crimes com o atual contingente (913 homens), a PM vai implantar definitivamente seu trabalho de policial solitário, que iniciou no ano passado.
Pelo projeto, em cada carro da
polícia, em vez de dois soldados,
incluindo o que fica ao volante, há
um único homem.
A experiência foi iniciada no
centro expandido de São Paulo
como projeto piloto e acabou sendo ampliada para outras áreas.
Em Campinas, ele já é aplicado,
mas sem muita amplitude. Policiais afirmam que a ronda solitária sempre existiu dentro da polícia local, informalmente.
O secretário estadual da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, defende que o projeto é
uma forma de aumentar a presença da polícia em locais com baixos
índices de criminalidade.
Petrelluzzi afirmou que o projeto de policial solitário não oferece
risco para os policiais.
O sistema, no entanto, gera polêmica entre policiais e especialistas em segurança.
"Antes de fazer uma abordagem, o policial analisa o caso e pede reforço pelo rádio", disse Silva.
A Associação dos Cabos e Soldados da PM diz que a medida é
pior que "suicídio".
"Um tiroteio não leva mais do
que um minuto para acabar", diz
o presidente da entidade, o cabo
Wilson de Oliveira Morais, que
também é deputado pelo PSDB.
Na madrugada do dia 10 de janeiro, o soldado Carlos Lorenzeto
Garcia, 39, que trabalhava sozinho, levou 13 tiros no portal do
Morumbi ao atender uma ocorrência na zona sul de São Paulo.
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