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Segundo médicos, proteção correta ainda custa muito caro
DA REPORTAGEM LOCAL
São R$ 400. Uma família de
quatro pessoas, que passasse
cinco dias na praia com seis horas de exposição ao sol, gastaria
essa quantia só em protetor solar para garantir que ninguém
voltasse para casa com a pele
exposta aos raios ultravioleta.
Os dermatologistas afirmam
que o brasileiro ainda não sabe
se cuidar ao se expor ao sol e
que, além de não espalhar o
protetor em quantidade adequada, se esquece de reaplicá-lo. Mas admitem que a proteção correta custa caro.
"Não adianta só colocar um
pouco na palma da mão e espalhar pelo corpo. Uma pessoa
com 70 quilos, por exemplo,
precisa usar 40 gramas [um
terço de um pote de 120 gramas] para estar protegida",
afirma o coordenador da campanha de prevenção ao câncer
da pele da Sociedade Brasileira
de Dermatologia, Marcus Maia.
Meire Brasil Parada, dermatologista da Unifesp, lembra
que é preciso reaplicar o protetor a cada duas horas ou quando se entra na água ou se transpira demais, mesmo que ele seja à prova d'água. "É necessário
verificar, ainda, se o filtro solar
tem proteção específica contra
os raios ultravioleta e se o fator
de proteção é o indicado."
O FPS (fator de proteção solar) recomendável varia segundo o tipo de pele -quanto mais
clara, maior o fator- e o tempo
de exposição ao sol. "Mas a
maioria da população fica bem
protegida com o fator 30."
Há roupas que filtram mais
de 90% da radiação. A dermatologista Thaís Pepe, 29, é uma
das adeptas. "Tenho, principalmente, chapéus para ir à praia,
à piscina ou ao parque."
Com essas recomendações,
uma pessoa que ficasse seis horas na praia por dia precisaria
usar um tubo inteiro de protetor -R$ 20, em média. Em cinco dias, gastaria R$ 100.
"Como a maioria não usa
tanto protetor assim, é preciso
combinar com outras ações",
afirma Maia. Ficar na sombra,
usar camiseta na praia, chapéu
e óculos de sol são algumas das
recomendações.
Expostos ao sol diariamente,
os carteiros estão entre os que
mais precisam de cuidados.
Desde 2004, os cerca de 40 mil
funcionários recebem protetor
solar. A prevenção custa cerca
de R$ 2 milhões por ano.
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