São Paulo, Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 1999
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Telefonia celular no Rio espera caos

TONI SCIARRETTA
da Sucursal do Rio

O Carnaval vai trazer o caos para o já problemático serviço de telefonia celular no Rio. A Telefônica Celular, principal operadora de telefonia móvel no Estado, prevê grande congestionamento no serviço nos próximos dias, devido ao fluxo de turistas portadores de celulares de outros Estados e regiões do Rio, somado ao atendimento aos aparelhos locais.
Na capital, onde há 620 mil celulares, o limite máximo de chamadas simultâneas é de 50 mil. Segundo a Telefônica, normalmente não passa de 32 mil o número de chamadas ao mesmo tempo.
Além do próprio Sambódromo, no centro do Rio, a Telefônica espera para o Carnaval sobrecarga no serviço na Região dos Lagos, na região serrana e em Angra dos Reis (a 200 km da capital) -todas áreas turísticas do Estado.
Para evitar uma pane no sistema, a Telefônica pretende deslocar estações móveis, em caminhões, para os pontos com maior concentração de celulares.
Ao todo, a Telefônica tem dez estações móveis. Segundo o gerente de planejamento da Divisão de Planejamento Técnico-Operacional da empresa, Cícero Acioly Azevedo, pelo menos uma dessas estações será deslocada para o Sambódromo. As outras deverão ir para Cabo Frio e Barra de São João, na Região dos Lagos.
Em Búzios, onde há cerca de 8.000 celulares cadastrados, o número de celulares ""visitantes" deverá levar o serviço a comportar cerca de 100 mil aparelhos ligados -não necessariamente falando- ao mesmo tempo.
A área do Sambódromo atende diariamente a cerca de 1.300 celulares. Nos dias de desfile, o número pode chegar a 30.000. Apenas 11.000 desses celulares poderão efetuar chamadas ao mesmo tempo no local. Sem a carreta móvel, esse número cairia para 8.500.
Azevedo disse que os celulares de outros Estados terão os mesmos problemas que os aparelhos locais.
Ele disse que, assim que um aparelho ""visitante" chega a uma região controlada por outra operadora, é registrado automaticamente na central telefônica e passa a funcionar como um aparelho local. Esse intercâmbio entre as operadoras é chamado de roaming.
No Brasil, existem dois tipos de tecnologia para a telefonia móvel digital: o CDMA -presente nas áreas da Telesp, Tele Sudeste e Tele Leste Celular, todas na banda A- e o TDMA, disseminado praticamente em todas as operadoras da banda B e nas demais operadoras da banda A. As bandas A e B trabalham em frequências diferentes.
O aparelho de uma tecnologia "roameia" prioritariamente com a operadora de mesma base tecnológica. Caso não esteja disponível, passa a funcionar analogicamente apenas com a banda A.


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