São Paulo, Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC sanciona lei dos genéricos

da Sucursal de Brasília

Com o objetivo de abaixar o preço dos remédios, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou ontem a lei que obriga que os medicamentos tenham, além do nome comercial, o nome genérico.
O ministro da Saúde, José Serra, alertou, no entanto, que os efeitos da medida só começarão a ser sentidos em um ano. "A lei não vai ter efeito amanhã ou no mês que vem."
O nome genérico é o nome da principal substância que compõe a fórmula do medicamento. Experiências internacionais mostram que a adoção de remédios com nome genérico barateia preços e custos das empresas, que, por exemplo, não precisam investir na divulgação da marca comercial.
A regulamentação da lei deve ficar pronta em três meses, segundo o ministério. Os laboratórios terão prazo de seis meses para se adequar à nova legislação.
A rede pública de saúde vai ser obrigada a comprar medicamentos com o nome genérico. Estima-se que o SUS (Sistema Único de Saúde) vai poder reduzir em 40% os custos com compra de remédios, hoje de R$ 2 bilhões por ano.
Segundo Gonzalo Vecina Neto, secretário nacional da Vigilância Sanitária, o ministério vai "bolar" uma campanha publicitária para incentivar consumidores e médicos a adotarem remédios com nome genérico. Ele disse que também vai garantir linhas de crédito para as universidades que quiserem realizar os testes para verificar a eficácia de remédios.


Texto Anterior: Força Sindical pede sindicância
Próximo Texto: Serra ataca aumento de preço
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.