São Paulo, Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 1999
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Força Sindical pede sindicância

ROGÉRIO GENTILE
enviado especial a Brasília

O secretário de Acompanhamento Econômico, Claudio Considera, afirmou ontem que a indústria farmacêutica não rompeu o acordo feito na última sexta-feira de não aumentar o preço dos remédios em fevereiro.
A entrevista foi dada após o deputado federal Luiz Antonio de Medeiros (PFL-SP), presidente da Força Sindical, pedir ao secretário a abertura de uma sindicância para apurar os aumentos nos preços dos medicamentos.
Medeiros levou ao órgão uma relação de remédios que teriam sido aumentados, após o acordo.
Apesar da desvalorização do real em relação ao dólar, os laboratórios tinham se comprometido a segurar os preços em fevereiro, fazendo aumentos escalonados a partir do mês de março.
A relação do deputado -feita a partir de uma lista publicada na revista da Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica)- inclui remédios que não utilizam componentes importados e, portanto, não sofrem a pressão da desvalorização cambial.
Segundo o secretário, dos 10 mil produtos no mercado, apenas cerca de 350 fizeram reajustes.
"Na maioria dos casos, as listas com os aumentos já tinham sido distribuídas para os laboratórios antes do compromisso. Para compensar, esses laboratórios não vão fazer reajustes no próximo mês ou vão fazer aumentos menores do que o previsto", disse o secretário Considera.


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