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Acordo limita cotação do dólar
da Reportagem Local
Um acordo firmado entre a Secretaria de Acompanhamento
Econômico e laboratórios farmacêuticos limita a cotação do dólar
que vai poder ser usada para o cálculo de preços dos medicamentos
para o consumidor nos próximos
três meses. É uma maneira de parcelar para o consumidor o impacto
da desvalorização do real no preço
dos medicamentos.
Na prática, o que ficou definido é
que, independentemente da cotação do dólar na hora de comprar
matéria-prima importada, os laboratórios vão usar um câmbio definido na última sexta-feira para
calcular os preços de seus medicamentos para o consumidor.
As cotações são as seguintes: R$
1,36 em março, R$ 1,52 em abril e
R$ 1,70 em maio, quando os valores voltam a ser discutidos.
O acordo faz parte de outra negociação que suspendeu reajustes
neste mês.
De acordo com o presidente da
Asta Médica, Odnir Finotti, os laboratórios concordaram com a limitação da cotação do dólar. É que
a questão também envolve vendas.
"Qualquer reajuste de preço em
um nível mais alto que a população
pode pagar pode causar retração
de vendas", disse.
"Sem o câmbio definido, teríamos problemas piores", disse o diretor geral da Farma Novartis, Julio Jimenez.
Ele disse que a concorrência entre os laboratórios, que chegam a
ter o mesmo produto no mercado,
poderia provocar uma onda de aumentos.
(JCS e RV)
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