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DISCURSO
Condenado será expulso, diz Maluf
da Sucursal de Brasília
O presidente nacional do
PPB, ex-prefeito Paulo Maluf
(São Paulo), defendeu ontem a
expulsão do partido dos políticos que forem condenados pela
Justiça no caso do esquema de
corrupção em órgãos da prefeitura paulistana.
"Não tenham dúvida de que
os condenados serão expulsos", disse Maluf, em Brasília,
após reunião com a Executiva
Nacional do PPB. Segundo ele,
a comissão de ética do PPB
acompanha as investigações.
O ex-prefeito acusou todos os
fiscais do país -sejam eles
funcionários municipais, estaduais ou federais- de serem
"suspeitos" de corrupção e sugeriu o "combate" a esses profissionais. Maluf deu a entender que nas gestões administradas por ele e nos governos
para os quais trabalhou houve
corrupção de fiscais.
"Com a experiência que tenho em cargos federais, estaduais e municipais, quero dizer
que infelizmente nesse país há
que se ter um combate violento, tenaz e persistente contra
todos os fiscais, sejam federais,
estaduais e municipais."
Maluf respondeu afirmativamente quando lhe perguntaram se ele julga que todos os
fiscais do país são suspeitos de
desonestidade.
"Sim. Já fui presidente da CEF
(Caixa Econômica Federal), secretário dos Transportes. Tenho que dizer que todo mundo
está sob suspeita, até você, se
fosse fiscal", disse a uma jornalista.
Ele isentou o prefeito Celso
Pitta de envolvimento com a
corrupção em órgãos da prefeitura e elogiou sua iniciativa de
criar a Corregedoria do Serviço
Público Municipal por decreto,
para combater as irregularidades denunciadas.
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