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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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Beira-Mar diz que não organizou ataques

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
A advogada Cecília Machado no CRP de Presidente Bernardes


GILMAR PENTEADO
ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE BERNARDES

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, disse ontem à sua advogada que soube antecipadamente dos atentados no Rio e confirmou que eles foram organizados pelo Comando Vermelho, do qual faz parte.
Mas o traficante negou que tenha participado da decisão de promover os ataques. "Ele [Beira-Mar] não é o homem número 1. Ele apenas faz parte do quarto escalão da organização", afirmou a advogada Cecília Machado.
Foi a primeira visita de um advogado ao traficante depois que ele foi transferido da penitenciária de Bangu 1, no Rio, para o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (SP), no dia 27 de fevereiro. Ela falou com Beira-Mar pelo interfone, separada por uma grade e um vidro à prova de bala.
Segundo Machado, Beira-Mar disse que a idéia de fazer os atentados foi de um líder do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela não soube informar quem é o líder. Os atentados teriam sido motivados, segundo Machado, pela morte suspeita de um preso de Bangu 4, a caminho do hospital.
O promotor Márcio Sérgio Christino, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo, que investiga o PCC, classificou a informação sobre o possível envolvimento da facção paulista nos atentados do Rio como "extremamente improvável".


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