São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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Unicamp inicia eleição de candidato a reitor; mulher disputa pela 1ª vez

Após votação, conselho encaminhará lista tríplice para a escolha pelo governador

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) inicia hoje a disputa ao seu cargo mais alto. Um médico e uma bióloga são candidatos a comandar a reitoria nos próximos quatro anos (a partir de 20 de abril). Dois mil docentes, 32 mil funcionários e 7.500 estudantes têm até amanhã para votar.
O resultado será encaminhado ao Conselho Universitário, que organizará uma lista tríplice da qual farão parte os dois candidatos e um terceiro, indicado pelo conselho. A lista, considerada uma formalidade, será encaminhada ao governador José Serra (PSDB) para aprovação final. Quem vence nas urnas, em geral, torna-se reitor.
São candidatos à sucessão do reitor José Tadeu Jorge, 56, o médico Fernando Ferreira Costa, 58, atual vice-reitor e coordenador-geral da Unicamp, e a bióloga e engenheira de alimentos Gláucia Maria Pastore, 55, diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da instituição (leia sobre os candidatos no quadro ao lado).
É a primeira vez que uma mulher é candidata desde a fundação da Unicamp, há 42 anos. Costa é o candidato do atual reitor, apesar de não haver manifestação oficial.
O vencedor terá um orçamento anual de R$ 1,25 bilhão (previsão de 2009) para administrar. Costa diz ser prioritário "reavaliar a estrutura curricular" da graduação. Se eleito, ele quer avançar no ensino a distância, reestruturar a carreira de docente e ampliar o programa de patentes em pesquisa da Unicamp. Ele afirma que a crise mundial pode afetar a arrecadação e prega cautela.
Gláucia diz que as cotas podem "beneficiar os menos favorecidos". "Qualquer tentativa de solução para minorar a discriminação social é válida." Ela também propõe reestruturar a carreira dos docentes e a segurança interna no campus.
Ela, que adota o slogan "vote com sensibilidade", afirma prezar pela "prestação de contas do uso do dinheiro público".
Não votam alunos dos colégios técnicos ou ex-alunos. O peso dos votos de funcionários, alunos e professores é proporcional ao total de cada carreira.
A Unicamp é responsável por 15% da produção científica nacional e por 12% das teses de mestrado e doutorado no país.


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