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Unicamp inicia eleição de candidato a reitor; mulher disputa pela 1ª vez
Após votação, conselho encaminhará lista tríplice para a escolha pelo governador
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) inicia
hoje a disputa ao seu cargo mais
alto. Um médico e uma bióloga
são candidatos a comandar a
reitoria nos próximos quatro
anos (a partir de 20 de abril).
Dois mil docentes, 32 mil funcionários e 7.500 estudantes
têm até amanhã para votar.
O resultado será encaminhado ao Conselho Universitário,
que organizará uma lista tríplice da qual farão parte os dois
candidatos e um terceiro, indicado pelo conselho. A lista, considerada uma formalidade, será
encaminhada ao governador
José Serra (PSDB) para aprovação final. Quem vence nas urnas, em geral, torna-se reitor.
São candidatos à sucessão do
reitor José Tadeu Jorge, 56, o
médico Fernando Ferreira
Costa, 58, atual vice-reitor e
coordenador-geral da Unicamp, e a bióloga e engenheira
de alimentos Gláucia Maria
Pastore, 55, diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da instituição (leia sobre os
candidatos no quadro ao lado).
É a primeira vez que uma
mulher é candidata desde a
fundação da Unicamp, há 42
anos. Costa é o candidato do
atual reitor, apesar de não haver manifestação oficial.
O vencedor terá um orçamento anual de R$ 1,25 bilhão
(previsão de 2009) para administrar. Costa diz ser prioritário "reavaliar a estrutura curricular" da graduação. Se eleito,
ele quer avançar no ensino a
distância, reestruturar a carreira de docente e ampliar o programa de patentes em pesquisa
da Unicamp. Ele afirma que a
crise mundial pode afetar a arrecadação e prega cautela.
Gláucia diz que as cotas podem "beneficiar os menos favorecidos". "Qualquer tentativa
de solução para minorar a discriminação social é válida." Ela
também propõe reestruturar a
carreira dos docentes e a segurança interna no campus.
Ela, que adota o slogan "vote
com sensibilidade", afirma prezar pela "prestação de contas
do uso do dinheiro público".
Não votam alunos dos colégios técnicos ou ex-alunos. O
peso dos votos de funcionários,
alunos e professores é proporcional ao total de cada carreira.
A Unicamp é responsável por
15% da produção científica nacional e por 12% das teses de
mestrado e doutorado no país.
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