Rodovia teve trecho interditado após deslocamento de terra abalar viaduto; obras devem levar 6 meses

DA AGÊNCIA FOLHA

Há duas semanas sendo usada como alternativa para acessar a rodovia Fernão Dias -onde um deslocamento de terra abalou a estrutura de um viaduto-, a avenida Coronel Sezeferdo Fagundes continua sendo um martírio para os motoristas que trafegam pela pista.
O trecho do km 79 da rodovia que liga São Paulo a Minas foi interditado no dia 26. As obras devem levar até seis meses.
Apesar de esburacada e com má sinalização, a Prefeitura de Mairiporã informa que não pretende fazer obras na avenida, pois elas só "deixariam a via mais congestionada e o fluxo de veículos é tão grande que qualquer obra seria inútil".
O percurso, de 13 km, é usado como alternativa para acessar a Fernão Dias no sentido Belo Horizonte. A situação é mais crítica no início do trajeto. Em dois locais, a avenida têm buracos cheios de água e cheiro de esgoto, que tornam o tráfego pelo local mais lento.
Ontem, a Folha levou 40 minutos para percorrer o trecho até acessar a pista novamente.
Uma faixa que divide as duas pistas -a via é de mão dupla- está apagada em vários pontos. A avenida é sinuosa e a ultrapassagem é proibida. Mesmo assim, a reportagem viu dois carros tentando fazer a manobra na manhã de ontem.
Não há acostamento ou calçadas na avenida. Em horário escolar, muitos pais atravessavam a pista com crianças.
"Desde que a rodovia foi interditada, trago e espero meu filho no ponto para que ele não atravesse sozinho", diz a moradora Walquíria de Oliveira, 22.
A OHL, responsável pela Fernão Dias, diz que não pretende fazer obras para reduzir o impacto causado pelos veículos desviados para a avenida. (LUIZA BANDEIRA E JEAN-PHILIP STRUCK)


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