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Filósofo Michel Debrun morre aos 75
da Reportagem Local
O filósofo Michel Debrun, 75,
morreu anteontem, em Campinas (SP), vítima de complicações geradas por derrame.
Debrun era professor emérito
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde lecionou desde 1970. Francês, imigrou para o Brasil em 1957, depois de frequentar a École Normale Supérieure de Paris.
Foi pesquisador da Fundação
Getúlio Vargas, professor do
antigo Instituto Superior de Estudos Brasileiros e perito internacional da Unesco.
Na Unicamp, Debrun deu aulas e desenvolveu estudos nas
áreas de filosofia política e teoria
das ciências humanas. Aposentou-se em 1988. Mas, como professor emérito, manteve suas
pesquisas, especialmente sobre
a identidade nacional brasileira
e a globalização das economias.
``Foi sempre uma referência
para o Departamento de Filosofia'', diz Carlos Vogt, ex-reitor
da Unicamp, hoje coordenador
do Laboratório de Jornalismo.
Segundo Vogt, Debrun tinha
prestígio e importância internacionais e morreu em plena atividade intelectual.
``Ele tinha uma energia incrível, sempre desenvolvia mais de
uma atividade ao mesmo tempo'', conta. Vogt diz que há muitos anos o filósofo preparava um
livro sobre a identidade nacional brasileira, que espera ver publicado após sua morte.
Debrun é autor de ``Ideologia
e Realidade'', ``O Fato Político'',
``A Conciliação e Outras Estratégias'', ``Auto-organização e
Estudos Interdisciplinares'' e
``Gramsci: Filosofia Política e
Bom-senso'' (não lançado).
O corpo de Debrun foi cremado ontem, em São Paulo. O filósofo deixou mulher e filha.
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