FERNANDA DA ESCÓSSIA
free-lance para a Folha

Pesquisa feita em 96 aponta queda na mortalidade infantil, embora a taxa continue elevada, há 39 mortes para cada grupo de mil nascimentos. Há 20 anos, o número de mortes era de 75 para mil.
Os dados são da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, realizada pela Bemfam (Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil) e pelo Programa de Pesquisas de Demografia e Saúde. Entre crianças de 1 a 5 anos, 54% foram totalmente imunizadas: receberam as vacinas contra tuberculose, sarampo, poliomielite e a tríplice (difteria, coqueluche e tétano).
O nível de instrução foi o único indicador socioeconômico considerado. Os dados revelam que a mortalidade infantil chega a 93 por mil entre mães com menor instrução e cai para 28 por mil de entre mães com 11 anos de estudo.
Também cresceu o número de mulheres que recebem assistência antes do parto -81% foram examinadas por um médico. Nove em dez mulheres tiveram seus filhos em um hospital.
Persistem, no entanto, as diferenças regionais e de instrução. No Nordeste, 32% das mulheres não tiveram nenhum atendimento pré-natal. O mesmo aconteceu com 43% das mulheres sem instrução. Foram ouvidas 12.612 mulheres de 15 a 49 anos e 2.949 homens na mesma faixa etária. O trabalho teve apoio do Ministério da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), entre outros.
``O relatório dá alguns dados otimistas, como o aumento da vacinação'', afirmou Rita Badiani, coordenadora da pesquisa.

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