DA REPORTAGEM LOCAL

Entre as muitas angústias com as quais o vestibulando normalmente tem de lidar está a opinião dos pais quanto à escolha profissional. Os especialistas são unânimes: pressionar dificulta a tomada de decisão e aumenta a ansiedade. Por outro lado, omitir-se também não ajuda.
"Com medo de parecerem autoritários, os pais acham que têm de ficar quietos. Só que eles têm opinião e, se ela não é dita explicitamente, sai indiretamente", afirma Stella Sampaio, psicóloga da ONG Colméia.
Para Lucy Melo Silva, professora da USP de Ribeirão, por mais que digam que não têm preferência por um determinado curso, no dia-a-dia os pais sempre emitem suas opiniões. "Eles podem ajudar dialogando e participando."
Mas, como ressalta a professora da UFRGS Maria Célia Lassance, "conversar é diferente de dar sermão ou de ensinar. Os pais devem saber ouvir os filhos".
Outra dica para os pais é se informar sobre as possibilidades de atuação de cada profissão hoje em dia.
"É hora de a família também buscar informação. Muitas vezes os pais têm uma concepção da profissão escolhida de 20 ou 30 anos atrás, de quando eles estudavam. E, se os pais não concordarem com a escolha, devem advertir o filho, assim como o adverte para outras coisas na vida", afirma a professora Regina Gattar. (FPS)


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