São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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OAB vai apurar atuação de advogados

DA FOLHA ONLINE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo instaurará sindicância para avaliar a atuação dos advogados de Suzane von Richthofen. Mário Sérgio de Oliveira e Denivaldo Barni, com quem Suzane mora, foram flagrados instruindo-a a chorar antes de uma entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, no último domingo.
"Instauraremos uma sindicância para apurar toda a ocorrência. Estou pedindo cópia integral das fitas à Globo e vamos ouvir os advogados. Somente então vou emitir um juízo de valor", afirmou Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB em São Paulo. "Houve grande repercussão na mídia. Temos que apurar se houve algum problema."
De acordo com D'Urso, a sindicância é o primeiro passo para um processo disciplinar no Tribunal de Ética e Disciplina da instituição. "A sindicância avaliará se é o caso de um processo disciplinar, cujas punições podem chegar até à expulsão dos quadros da ordem", disse ele.
Mário Sérgio de Oliveira faz parte do Tribunal de Ética, porém, de acordo com o presidente da OAB, ele será afastado.
Por meio de nota, Oliveira afirmou que "sempre atuou dentro da ética profissional, não forjando nem produzindo qualquer prova em favor de sua cliente". Ele diz, ainda, que só fará novas declarações na OAB paulista.
O presidente nacional da OAB, Roberto Busato, também criticou o comportamento dos advogados ao afirmar que instruir um cliente a mentir contraria os princípios éticos da profissão.
"Não se pode admitir nenhum tipo de procedimento que não esteja em conformidade com aqueles dispostos na ética. O advogado deve ser absolutamente leal dentro de suas relações com o processo, com as partes e com seu cliente", afirmou ele.
Ele afirmou que, no ano passado, a OAB aplicou o Código de Ética da Advocacia para punir 90% dos 500 profissionais que foram acusados de cometer faltas e que tiveram o processo remetido à Segunda Câmara do Conselho Federal da entidade. As punições aplicadas são a censura, uma multa, a suspensão e a exclusão do quadro da entidade.


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