São Paulo, sábado, 11 de abril de 1998

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Comunidade é organizada

da Agência Folha, em Fortaleza

A comunidade do Conjunto Palmeiras tem uma tradição de organização que já tornou possível a drenagem do bairro e uma experiência que foi premiada na Conferência Habitat-2, da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1996 em Istambul, na Turquia.
A experiência premiada foi executada em parceira com a ONG Ceará Periferia e consistia na concessão de empréstimos de até R$ 600 para que famílias reformassem suas casas.
Entre 90 e 94, a Associação de Moradores do Conjunto Palmeiras administrou o trabalho de drenagem do bairro, construindo um canal de 1.700 m, que resolveu o problema dos alagamentos.
O projeto consumiu R$ 7 milhões, que foram doados pela Prefeitura de Fortaleza e pelos governos do Ceará e da Alemanha. Os 300 operários que trabalharam na obra foram recrutados entre moradores do bairro.
A associação organizou e executou ainda um mutirão que foi responsável pela construção de 60 casas destruídas em uma enchente.
O vice-presidente da associação, Pedro Teodoro da Silva, diz que a organização dos moradores remonta à fundação do bairro, em 1973. "Isso aqui foi planejado para ser um conjunto, mas nunca saiu do papel. A gente foi ocupando e teve de lutar muito para trazer melhorias para cá", diz Silva.
A sede da associação é o prédio mais bonito do bairro, com ar condicionado, salão de reuniões, anfiteatro e computadores.



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