São Paulo, sábado, 11 de abril de 1998

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Judeus comemoram libertação do cativeiro egípcio por Moisés

da Reportagem Local

Os judeus comemoraram ontem o Pessach ("passar por sobre", em hebraico). A data celebra a libertação dos escravos judeus por Moisés após mais de dois séculos de cativeiro no Egito e sua passagem pelo Mar Vermelho durante o Êxodo (1525 a.C. a 1512 a.C.).
Durante esse período, os judeus não comem produtos fermentados. Faz parte das celebrações comer um pão sem fermento, a chamada matzá.
Foi esse pão sem fermento que os judeus comeram na Chag Ha-Matzot -Festa do Pão Ázimo-, quando saíram do Egito.
No jantar de Pessach, os membros da família enchem seus cálices de vinho por quatro vezes, em alusão às quatro promessas de libertação feitas por Deus para os judeus no Êxodo.
A ceia de Pessach costuma ter um osso de perna de cordeiro assado (sacrifício do cordeiro pedido por Deus), um ovo cozido (lembra a destruição dos dois templos de Jerusalém), ervas amargas (amargura dos escravos), ervas verdes (início da primavera, logo após o inverno de sofrimento), uma maçã ralada com nozes (argila usada pelos escravos) e água salgada (lágrimas dos escravos).
A culinária dos ashkenazi (judeus da Europa Oriental) também incorporou outros pratos à ceia de Pessach. São tortas de maçã e de nozes, bolinhos de matzá e o peixe recheado.
Durante a ceia, a Hagadá (liturgia) é lida. O membro mais jovem da família é o encarregado de lê-la durante a comemoração.
Cada vez que lê uma das dez pragas lançadas sobre o Egito, os judeus retiram uma gota do vinho de suas taças com um dos dedos.
Durante a ceia, os judeus acreditam que o profeta Elias -Arauto da Redenção- visita as casas e por isso há um cálice de vinho especial para ele. Por isso, as crianças abrem a porta da casa. (RN)


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