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Reação de cientistas é conservadora, diz autor
de Paris
Para os autores do livro "Programme de Longue Vie", o primeiro motivo para a reação à reportagem publicada na revista "Nouvel
Observateur" é o fato de os cientistas não terem lido o livro.
"É verdade que a reportagem é
um pouco reducionista", reconheceu à Folha o médico Jean-Paul
Courtay. "Se tivessem lido o livro,
veriam que não há proibições."
Para Courtay, a reação dos pesquisadores franceses é conservadora, por não levar em conta pesquisas recentes na área da alimentação. "Eles reclamam, por exemplo, da recomendação de vitaminas e complementos alimentares,
mas as pessoas comem menos hoje
e é preciso suprir essa diferença."
Para o jornalista Thierry Souccar, autor do texto publicado na revista, nem sua reportagem nem o
livro que assina com Courtay defendem uma dieta restritiva. "Ao
contrário, há o incentivo de uma
alimentação completa", afirmou.
"É uma dieta com gosto, tradicional, baseada em alimentos que
comemos todos os dias", disse,
respondendo à acusação de que
promoveria uma deterioração na
dieta dos franceses. Segundo ele, a
"Nouvel Observateur" pretendia
publicar extratos de seu livro. Como a revista teria tido dificuldades
em editá-lo, decidiu pedir que ele
mesmo fizesse um resumo. Antes
do início da reportagem, um texto
afirma que Souccar é co-autor do
livro com Courtay.
Para Souccar, houve uma leitura
equivocada dos trechos criticados.
"Nunca disse que uma pessoa pode viver eternamente. Quis dizer
que não há limite genético para a
vida humana." A direção da "Nouvel Observateur" afirmou ao jornal
francês "Libération" que confia no
jornalista e no teor da reportagem.
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