São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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Filho de empresário é solto no ABC

DA REPORTAGEM LOCAL

O filho do dono da construtora Tibério, o engenheiro civil Paulo Sérgio Araujo Tibério, 36, foi libertado anteontem à noite, após 14 dias de sequestro.
A família pagou o resgate, mas o valor não foi divulgado. Inicialmente, a quadrilha havia pedido R$ 2 milhões, mas a Divisão Anti-Sequestro informou que a quantia paga foi muito menor, abaixo de R$ 200 mil, de acordo com o delegado Marcelo Dias.
Paulo contou ao pai, o empresário Carlos Eduardo Araujo Tibério, que foi obrigado a ficar os três primeiros dias do sequestro em pé em um cativeiro provisório, sem comida. No quarto dia, os sequestradores alugaram uma casa a 20 metros da primeira. Foi nesse segundo cativeiro que ele passou a ser alimentado, mas ficava amarrado em uma cama.
Na mudança de cativeiro, a vítima conseguiu ver o nome de uma padaria, Laura, detalhe que foi decisivo para a polícia chegar ao cativeiro, na avenida Laura, 13-A, no bairro Alvarenga, em São Bernardo do Campo (ABC paulista).
Em um ponto de ônibus, a polícia prendeu D.A., 16, que confessou fazer parte da quadrilha. A prisão de D.A. foi facilitada pelo fato de Paulo ter dito que um dos sequestradores mancava.
Em uma fita de vídeo enviada à família, os sequestradores colocaram Paulo, com as mãos e os pés acorrentados em uma cama, com um fuzil apontando para seu ouvido. A gravação continha um "recado" do grupo: "A vida de Tibério em troca de R$ 2 milhões".
A família do sequestrado, que trabalha com o pai na construtora, pagou o resgate anteontem, no quilômetro 18 da rodovia dos Imigrantes. Às 20h, Paulo foi solto na estrada Índio Tibiriçá, no ABC.
Ele disse que foi sequestrado na Mooca (centro de São Paulo) no dia 26 de abril, quando dirigia sua picape Dakota. Ele foi abordado por três pessoas em um Vectra.
A polícia diz que o grupo é composto por seis homens. Três deles seriam conhecidos como Marcelo, André e "Monstro". O menor D.A. foi encaminhado à Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
No cativeiro, a polícia encontrou 1,5 kg de maconha e munição. O delegado Marcelo Dias informou que a polícia vai investigar também se o grupo estava tentando obter dinheiro para investir no tráfico de drogas.

Morte após roubo
A polícia prendeu anteontem Leandro Monteiro Ferreira da Silva, 19, que sequestrou e matou o funcionário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) Cláudio da Costa Morreira, 53.
O crime aconteceu no dia 19 de abril. Após roubar os pertences de Moreira, Silva matou o funcionário da Sabesp porque não tinha um local para mantê-lo refém.
O crime ocorreu no dia 19 de abril, na estrada do Capivari, Riacho Grande, são Bernardo do Campo (ABC). No entanto, apenas ontem a polícia localizou o corpo de Morreira, que estava no interior de uma mata fechada
Segundo a polícia, o próprio Silva, preso anteontem, foi quem mostrou a localização do corpo. O criminoso foi encontrado na região do Grajaú (zona sul da capital).
Ainda segundo a polícia, Silva havia cortado e tingido o cabelo na intenção de dispistar as investigações da polícia. No momento em que foi preso, o acusado, que confessou o crime, limpava sua arma, um pistola 380, usada para matar Morreira.



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