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Filho de empresário é solto no ABC
DA REPORTAGEM LOCAL
O filho do dono da construtora
Tibério, o engenheiro civil Paulo
Sérgio Araujo Tibério, 36, foi libertado anteontem à noite, após
14 dias de sequestro.
A família pagou o resgate, mas o
valor não foi divulgado. Inicialmente, a quadrilha havia pedido
R$ 2 milhões, mas a Divisão Anti-Sequestro informou que a quantia paga foi muito menor, abaixo
de R$ 200 mil, de acordo com o
delegado Marcelo Dias.
Paulo contou ao pai, o empresário Carlos Eduardo Araujo Tibério, que foi obrigado a ficar os três
primeiros dias do sequestro em
pé em um cativeiro provisório,
sem comida. No quarto dia, os sequestradores alugaram uma casa
a 20 metros da primeira. Foi nesse
segundo cativeiro que ele passou
a ser alimentado, mas ficava
amarrado em uma cama.
Na mudança de cativeiro, a vítima conseguiu ver o nome de uma
padaria, Laura, detalhe que foi decisivo para a polícia chegar ao cativeiro, na avenida Laura, 13-A, no
bairro Alvarenga, em São Bernardo do Campo (ABC paulista).
Em um ponto de ônibus, a polícia prendeu D.A., 16, que confessou fazer parte da quadrilha. A
prisão de D.A. foi facilitada pelo
fato de Paulo ter dito que um dos
sequestradores mancava.
Em uma fita de vídeo enviada à
família, os sequestradores colocaram Paulo, com as mãos e os pés
acorrentados em uma cama, com
um fuzil apontando para seu ouvido. A gravação continha um
"recado" do grupo: "A vida de Tibério em troca de R$ 2 milhões".
A família do sequestrado, que
trabalha com o pai na construtora, pagou o resgate anteontem, no
quilômetro 18 da rodovia dos
Imigrantes. Às 20h, Paulo foi solto
na estrada Índio Tibiriçá, no ABC.
Ele disse que foi sequestrado na
Mooca (centro de São Paulo) no
dia 26 de abril, quando dirigia sua
picape Dakota. Ele foi abordado
por três pessoas em um Vectra.
A polícia diz que o grupo é composto por seis homens. Três deles
seriam conhecidos como Marcelo, André e "Monstro". O menor
D.A. foi encaminhado à Febem
(Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
No cativeiro, a polícia encontrou 1,5 kg de maconha e munição. O delegado Marcelo Dias informou que a polícia vai investigar também se o grupo estava tentando obter dinheiro para investir
no tráfico de drogas.
Morte após roubo
A polícia prendeu anteontem Leandro Monteiro Ferreira da Silva, 19, que sequestrou e matou o funcionário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) Cláudio da Costa Morreira, 53.
O crime aconteceu no dia 19 de abril. Após roubar os pertences de Moreira, Silva matou o funcionário da Sabesp porque não tinha um local para mantê-lo refém.
O crime ocorreu no dia 19 de abril, na estrada do Capivari, Riacho Grande, são Bernardo do Campo (ABC). No entanto, apenas ontem a polícia localizou o corpo de Morreira, que estava no interior de uma mata fechada
Segundo a polícia, o próprio Silva, preso anteontem, foi quem mostrou a localização do corpo. O criminoso foi encontrado na região do Grajaú (zona sul da capital).
Ainda segundo a polícia, Silva havia cortado e tingido o cabelo na intenção de dispistar as investigações da polícia. No momento em que foi preso, o acusado, que confessou o crime, limpava sua arma, um pistola 380, usada para matar Morreira.
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