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AÇÃO EMERGENCIAL
Dos R$ 90 milhões solicitados pela prefeita e pelo governador, presidente promete liberar apenas R$ 20 milhões
Verba antienchente frustra Marta e Alckmin
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso frustrou ontem as
expectativas da prefeita de São
Paulo, Marta Suplicy (PT), e do
governador Geraldo Alckmin
(PSDB), que estiveram juntos em
Brasília, ao prever a liberação de
apenas R$ 20 milhões dos R$ 90
milhões que eles haviam solicitado para obras de combate a enchentes em São Paulo.
Marta disse que saiu "um pouco
frustrada" da audiência, no Palácio do Planalto, porque o dinheiro
que cabe à prefeitura é suficiente
para a construção de apenas um
dos seis piscinões que faltam no
córrego Aricanduva (há três
prontos, dois em fase de conclusão e três sendo construídos em
obras emergenciais).
Ela disse que terá de concluir essas obras com recursos municipais e que não haverá enchentes
nesse córrego em janeiro próximo. Já o governador, do mesmo
partido de FHC, apesar de dizer
que a verba liberada é o "possível", afirmou que é menos do que
esperava.
"O dinheiro é menos do que eu
esperava, mas é o possível no momento. Depois, melhorando a situação financeira, a gente volta
aqui para solicitar mais recursos",
afirmou Alckmin.
Ao todo, a previsão de verbas federais para o combate a enchentes em São Paulo neste ano era de
R$ 110 milhões.
Desse total, R$ 70 milhões foram previstos por emenda da
bancada federal paulista ao Orçamento da União e R$ 40 milhões
destinados pelo ex-ministro da
Integração Nacional Ney Suassuna, em março, em razão da situação de emergência provocada pelas cheias em São Paulo.
Dos R$ 40 milhões, R$ 20 milhões já haviam sido liberados,
sendo metade para o Estado e metade para a prefeitura. Agora, o
presidente prometeu liberar mais
R$ 20 milhões procedentes do Orçamento, igualmente divididos
entre o Estado e a prefeitura.
O dinheiro destinado ao Estado,
segundo Alckmin, será utilizado
na construção de três piscinões
-dois no córrego Pirajussara e
um na bacia do alto Tamanduateí,
em São Bernardo do Campo.
A quantia liberada "está muito
aquém do que necessitávamos",
afirmou a prefeita.
"É um gesto, mas não resolve os
problemas nem da cidade nem do
Estado. O presidente é muito simpático, mas a gente sempre espera
que São Paulo seja tratado de outra forma, já que é o maior Estado
e a maior cidade em arrecadação", disse Marta.
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