|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AÇÃO EMERGENCIAL
Para concluir piscinões, município terá de cortar verbas de pavimentação, iluminação ou reforma de viadutos
Prefeita estuda remanejar investimentos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os R$ 10 milhões que o governo federal prometeu liberar para a
Prefeitura de São Paulo são insuficientes para pagar as obras dos
três piscinões que estão sendo construídos na região do córrego
Aricanduva, em caráter de emergência. Para complementar os recursos, a prefeitura terá de retirar dinheiro de outras prioridades.
O valor das obras é de R$ 40 milhões. De acordo com a assessoria
de imprensa da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, a primeira opção será remanejar verbas
destinadas no orçamento para
pavimentação. Se não forem suficientes, outra opção será cortar
recursos reservados para a ampliação da iluminação pública.
Como última saída, segundo a
assessoria, a secretaria poderá retirar verbas que estavam alocadas
para reforma nos viadutos.
Em abril, a prefeita Marta Suplicy disse que a prefeitura estava
disposta a fazer, até mesmo sem a
ajuda do governo federal, as obras
necessárias para pôr fim às enchentes na região do Aricanduva.
No local, há três piscinões prontos, inaugurados na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, que podem
reter 810 mil metros cúbicos de
água. Outros dois estão em fase de
conclusão. Juntos, eles armazenarão mais 467 mil metros cúbicos.
Um metro cúbico equivale a mil
litros.
Os outros três piscinões que estão sendo construídos na região,
em caráter de emergência, serão
suficientes para armazenar 639
mil metros cúbicos de água.
Segundo estudo elaborado pela
Secretaria Municipal da Infra-Estrutura Urbana, seria necessário
investir mais de US$ 1 bilhão para
pôr fim às enchentes na cidade.
As três obras emergenciais estão
sendo tocadas pelas empreiteiras
OAS, Carioca Cristian Nielsen Engenharia e Engeform Construções e Comércio. As duas primeiras contribuíram para a candidatura de Marta à prefeitura.
A prefeitura também fez um
acordo com o governo do Estado
para obras contra enchentes no
Pirajussara. Pelo acordo, a prefeitura faria a desapropriação de
uma área para a construção de
um piscinão no local. A assessoria
de imprensa da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura informou
que já foi feita a desapropriação
em uma área de 17,8 mil m2.
Além da prefeitura, o Estado
também vai receber R$ 10 milhões
do governo federal em verbas antienchentes. Apesar de afirmar
que esperava mais, o governador
Geraldo Alckmin destacou ontem
que está havendo um investimento recorde em São Paulo em termos de combate a enchentes. Ele citou o rebaixamento da calha do rio Tietê, ao custo de R$ 600 milhões, e as obras dos piscinões.
Texto Anterior: Ação emergencial: Verba antienchente frustra Marta e Alckmin Próximo Texto: Marilene Felinto: O terno que encobre o pênis Índice
|