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ADMINISTRAÇÃO
Servidor pede 8,16%
Marta quer parcelar reajuste até 2004
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Proposta apresentada ontem pela administração aos servidores
municipais, que negociam reajuste devido à data-base da categoria
em maio, prevê reposição das perdas com inflação registrada na
gestão Marta Suplicy (PT) em três parcelas anuais. A última seria paga somente em 2004.
Os reajustes seriam de 2% agora, 2,26% em janeiro de 2003 e outros 2,26% em janeiro de 2004. A
Folha apurou que as entidades
tendem a rejeitar a oferta hoje,
quando haverá nova reunião entre governo e sindicatos.
No total, há 168 mil servidores
ativos e inativos no município,
que gasta, em média, R$ 258 milhões por mês com folha de pagamento. Eles reivindicam reajuste
de 62,62% para repor perdas acumuladas desde 1994.
Durante a negociação, no entanto, servidores sinalizaram que
aceitam receber agora reajuste de
8,16%, referente à inflação acumulada de janeiro do ano passado
a abril deste ano, segundo o IPC-Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O restante das perdas teria, segundo essa possibilidade aberta
pelos servidores, de ser negociado
para pagamento parcelado.
A proposta feita ontem pelo governo melhora a anterior, que
previa reajuste de 2% e bônus de
R$ 300, em três parcelas (a última
em janeiro de 2003), para os servidores que ganham até três salários mínimos (R$ 600).
A nova oferta, se somada a reajuste já dado aos servidores, também atende a reivindicação de repor os 8,16% de perdas. "Mas é
impossível aceitar um reajuste
parcelado até 2004, até porque no
ano que vem temos nova data-base. Queremos os 8,16% agora",
disse ontem o vereador Cláudio
Fonseca, presidente do Sinpeem
(sindicato dos servidores da rede
municipal de ensino).
"[A proposta] já é uma ousadia
total, em função da situação [financeira" que estamos enfrentando", disse ontem a chefe de assessoria de gabinete da Secretaria das
Finanças, Leda Maria Paulani, sobre o novo reajuste oferecido.
Segundo ela, o reajuste de 2%
que seria pago neste ano custaria
cerca de R$ 40,5 milhões aos cofres públicos. Para honrar os reajustes de 2,26% em 2003 e em 2004, o governo teria que desembolsar R$ 50 milhões em cada
ano, segundo a secretaria.
Antes da última proposta ser apresentada na tarde de ontem aos servidores, eles discutiam uma paralisação no dia 28.
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