São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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Famílias não são "enquadradas" em programas

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo vivendo embaixo dos viadutos Grande São Paulo, na Vila Prudente (zona leste), e do General Milton Tavares de Souza, na Penha (zona leste), essas famílias não entram nos programas da prefeitura que atendem os que moram debaixo de viadutos ou os que vivem nas ruas.
De acordo com dados da própria prefeitura, a estimativa é que as duas favelas tenham juntas aproximadamente 4.400 moradores.
No caso da Paraguai, por exemplo, apesar de grande parte da favela estar localizada embaixo do viaduto Grande São Paulo, que dá acesso à avenida das Juntas Provisórias, a prefeitura não pretende transferi-los para hotéis ou casas alugadas.
"Moro aqui há sete anos e nunca ninguém veio me oferecer vaga em hotel ou casa popular", afirma Josivaldo Pereira dos Santos, 26.
Há um mês, um incêndio ocorrido na favela deixou 32 famílias desabrigadas.
Depois disso, os moradores dizem ter recebido uma ajuda de custo de R$ 2 mil da prefeitura. Com o dinheiro, eles reconstruíram os barracos no mesmo lugar, apesar de uma tentativa da prefeitura de cercar o local com a instalação de grades.
"Perdi tudo, até agora ninguém sabe se vai ser transferido para hotel ou para casas populares" , afirma Eroana dos Santos, 26.
Segundo a prefeitura, os moradores vão ser transferidos para 5.000 habitações que serão construídas em parceria com o Estado.



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