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Famílias não são "enquadradas"
em programas
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo vivendo embaixo
dos viadutos Grande São
Paulo, na Vila Prudente (zona leste), e do General Milton Tavares de Souza, na Penha (zona leste), essas famílias não entram nos programas da prefeitura que atendem os que moram debaixo
de viadutos ou os que vivem
nas ruas.
De acordo com dados da
própria prefeitura, a estimativa é que as duas favelas tenham juntas aproximadamente 4.400 moradores.
No caso da Paraguai, por
exemplo, apesar de grande
parte da favela estar localizada embaixo do viaduto
Grande São Paulo, que dá
acesso à avenida das Juntas
Provisórias, a prefeitura não
pretende transferi-los para
hotéis ou casas alugadas.
"Moro aqui há sete anos e
nunca ninguém veio me oferecer vaga em hotel ou casa
popular", afirma Josivaldo
Pereira dos Santos, 26.
Há um mês, um incêndio
ocorrido na favela deixou 32
famílias desabrigadas.
Depois disso, os moradores dizem ter recebido uma
ajuda de custo de R$ 2 mil da
prefeitura. Com o dinheiro,
eles reconstruíram os barracos no mesmo lugar, apesar
de uma tentativa da prefeitura de cercar o local com a
instalação de grades.
"Perdi tudo, até agora ninguém sabe se vai ser transferido para hotel ou para casas
populares" , afirma Eroana
dos Santos, 26.
Segundo a prefeitura, os
moradores vão ser transferidos para 5.000 habitações
que serão construídas em
parceria com o Estado.
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