São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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EDUCAÇÃO

Trabalhadores reivindicam 16% de reajuste

Servidores das três universidades estaduais iniciam paralisação

DA REPORTAGEM LOCAL

Parte dos servidores das três universidades estaduais do Estado (USP, Unicamp e Unesp) entrou ontem em greve. Professores e funcionários das três instituições reclamam principalmente da defasagem salarial e pedem reajuste de 16%, referente às perdas das categorias desde 2000.
Segundo os respectivos sindicatos, cerca de 40% do campus de Campinas da Unicamp parou, além de dois (Bauru e Marília) dos 15 campi da Unesp e cerca de 50% dos funcionários do campus São Paulo da USP.
Já a reitoria da Unesp afirma que houve paralisação parcial em quatro campi. USP e Unicamp dizem que apenas 5% dos funcionários aderiram à paralisação.
Representantes dos dois lados reuniram-se ontem para tentar negociar o fim da greve.
A reunião aconteceu na reitoria da Unesp, no centro de São Paulo, e durou mais de quatro horas.
Na ocasião, os reitores José Carlos Trindade (Unesp), Adolpho Melfi (USP) e Carlos Henrique Britto (Unicamp) pediram o fim da paralisação, alegando que a greve só traz danos às instituições.
O conselho reiterou a oferta de 8% de reajuste. O argumento para tanto é que, em média, 87% dos orçamentos das três universidades são gastos com salários.
O avanço nas negociações foi classificado como "mínimo" pelos sindicalistas. Os reitores aceitaram antecipar para outubro a rodada de rediscussão salarial, antes marcada para novembro, e permitiram a participação de estudantes ligados aos diretórios acadêmicos nas reuniões.
Hoje e amanhã serão realizadas assembléias entre os trabalhadores, nas quais se votará pela continuidade ou não do movimento.
A tendência, de acordo com os líderes das categorias, é que a greve continue por tempo indeterminado.



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