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Ministro quer queda no preço de remédio
DAYANNE MIKEVIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Saúde, Humberto
Costa, disse que pode reduzir a
carga tributária para medicamentos desde que haja uma efetiva
queda de preços ao consumidor.
Costa afirmou que o setor farmacêutico já é bastante subsidiado e que o governo deve estar certo de que conseguirá obter remédios mais baratos. "Queremos
que essa renúncia fiscal se reflita
diretamente no bolso do consumidor porque, muitas vezes, no
Brasil se pede isenção de imposto
para aumentar a margem de lucro", disse ontem durante a abertura da Hospitalar 2003, uma feira
de equipamentos médicos que vai
até o dia 13, em São Paulo.
Costa disse que 50% da população não tem acesso a medicamentos e que a medida pretende incluí-los no mercado consumidor.
O presidente Lula havia se comprometido quando candidato, em
2002, a reduzir os preços dos remédios e a criar farmácias populares. No entanto, o ministro ressalta que isso não exclui a compra
e a distribuição de remédios que
já é feita pelo governo federal.
Na gestão FHC, o ex-ministro
José Serra cogitou, em 2001, negociar com os Estados para reduzir o
ICMS que incide sobre medicamentos. A porcentagem cobrada
na época é a mesma de hoje, 18%,
e, com a extinção do imposto, Serra cogitava diminuir o preço em
cerca de 10% na compra de uma
cesta básica de remédios. São
Paulo arrecadou, no último ano,
cerca de R$ 2,5 bilhões de ICMS
-desse total, 3,4%, ou R$ 85 milhões, com a receita dos remédios.
Costa não disse quanto o preço
dos medicamentos cairia. O vice-governador, Cláudio Lembo, que
substitui Geraldo Alckmin, em
viagem aos EUA, não fez comentários. Costa disse estar analisando entre os impostos federais
uma saída para a receita perdida
com eventual abdicação do ICMS
dos remédios.
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