São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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Médico defende ultra-som para mamas densas

DA REPORTAGEM LOCAL

O médico Lászlo Tabár, professor de radiologia da Universidade de Uppsala (Suécia), defende que as mulheres com mamas densas associem o ultra-som à mamografia como prevenção do câncer mamário. Uma das maiores autoridades na área, ele desenvolveu o primeiro trabalho de rastreamento mamário para o governo sueco em 1977, que resultou na redução de 31% nas mortes por câncer da mama. Tabár esteve no Brasil há 15 dias a convite do Instituto Avon. A seguir, trechos da entrevista à Folha. (CC)

 

FOLHA - Qual o impacto do rastreamento mamário?
LÁSZLO TABÁR -
Houve uma redução de 45% da morte por câncer de mama, entre as mulheres que faziam rastreamento, em comparação ao índice de morte por câncer de mama anterior ao programa. Temos provas de que o rastreamento reduz a mortalidade na faixa etária de 40-74 anos. Os tumores crescem mais rápido em mulheres mais jovens, portanto, recomendamos intervalos diferentes [dos exames], de acordo com a faixa etária: 12 a 18 meses para mulheres entre 40-54 anos e um intervalo de 18 a 24 meses para mulheres com mais de 55 anos.

FOLHA - Qual o valor do ultra-som no diagnóstico?
TABÁR -
Ele pode ser considerado a ferramenta complementar mais importante. É recomendado para examinar mulheres com mamas densas, e menos eficaz para mamas gordurosas, para as quais o mais indicado é a mamografia.

FOLHA - Por que há tumores que não são vistos na mamografia?
TABÁR -
Há vários fatores que explicam o chamado câncer de intervalo. Como é uma doença heterogênea, com índices de crescimento muito diferentes, que variam de acordo com o tipo do tumor e a idade, sempre haverá porcentagem que será diagnosticada durante o intervalo [entre os exames].


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