São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Sargento diz que Exército torturou companheiro

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O sargento Fernando de Alcântara Figueiredo acusou militares do Exército de terem torturado seu companheiro, o também sargento Laci Marinho de Araújo.
Segundo ele, Araújo foi asfixiado e espancado dois dias após ser preso no último dia 4. A denúncia foi feita a ativistas de direitos humanos.
Figueiredo fez as denúncias ao Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) de São Paulo. Segundo o conselho, o sargento sofre de distúrbios mentais.
Araújo foi preso depois que o Exército cercou a Rede TV!, onde Araújo dava entrevista sobre sua homossexualidade no programa "Superpop", apresentado por Luciana Gimenez. Ele foi detido sob acusação de deserção -por ter ficado entre os dias 7 e 14 de abril sem se apresentar ao seu comando.
Segundo Figueiredo, as agressões aconteceram na manhã do dia 6 em um carro do Exército -Araújo estava sendo levado para uma prisão.
O sargento, de acordo com seu companheiro, teria sido sufocado com um saco plástico, teria levado pancadas nas palmas das mãos e socos no estômago com a utilização de tecidos -para que não ficassem marcas-, além de ter sofrido ameaças verbais. Araújo teria feito a denúncia a Figueiredo durante uma visita.

Outro lado
O Exército afirmou por meio de nota que as denúncias de agressões não têm fundamento. "O Exército não compactua com esse tipo de procedimento, primando pela preservação da integridade física daqueles que estão à disposição da Justiça Militar e sob sua guarda", afirma a nota da instituição.


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