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Sargento diz que Exército torturou companheiro
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O sargento Fernando de Alcântara Figueiredo acusou militares do Exército de terem
torturado seu companheiro, o
também sargento Laci Marinho de Araújo.
Segundo ele, Araújo foi asfixiado e espancado dois dias
após ser preso no último dia 4.
A denúncia foi feita a ativistas
de direitos humanos.
Figueiredo fez as denúncias
ao Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) de São Paulo. Segundo o
conselho, o sargento sofre de
distúrbios mentais.
Araújo foi preso depois que o
Exército cercou a Rede TV!, onde Araújo dava entrevista sobre
sua homossexualidade no programa "Superpop", apresentado por Luciana Gimenez. Ele
foi detido sob acusação de deserção -por ter ficado entre os
dias 7 e 14 de abril sem se apresentar ao seu comando.
Segundo Figueiredo, as
agressões aconteceram na manhã do dia 6 em um carro do
Exército -Araújo estava sendo
levado para uma prisão.
O sargento, de acordo com
seu companheiro, teria sido sufocado com um saco plástico,
teria levado pancadas nas palmas das mãos e socos no estômago com a utilização de tecidos -para que não ficassem
marcas-, além de ter sofrido
ameaças verbais. Araújo teria
feito a denúncia a Figueiredo
durante uma visita.
Outro lado
O Exército afirmou por meio
de nota que as denúncias de
agressões não têm fundamento. "O Exército não compactua
com esse tipo de procedimento,
primando pela preservação da
integridade física daqueles que
estão à disposição da Justiça
Militar e sob sua guarda", afirma a nota da instituição.
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