São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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PROPAGANDA

Para agências, comercial de bebida deve ser auto-regulado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um mês após o governo federal retirar o pedido de urgência do projeto que restringe, das 6h às 21h, a propaganda de bebida alcoólica no rádio e na TV, entidades ligadas ao setor defenderam ontem a auto-regulamentação da publicidade na Câmara.
"A regulação da publicidade não só é aceitável, é fundamental, e entendemos isso há 30 anos. A única coisa que queremos é que seja discutida democraticamente dentro do instrumento que já existe para regular a publicidade, e que a gente evite a censura", disse Dalton Pastore, presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade).
Para Gilberto Leifert, presidente do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), a "propaganda não faz mal à saúde, faz mal é não saber consumir". "Não conheço medidas recentes implantadas que aumentem o controle do Estado sobre o acesso dos menores e de motoristas [a bebidas]", afirmou.
Guilherme Canela, da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), foi um dos poucos críticos. Segundo ele, "o grande segredo é casar três coisas: auto-regulamentação pelo setor afetado, regulação governamental sempre que preciso e co-regulação da sociedade civil e dos interesses organizados que vão além da indústria".
Indústrias de cerveja, emissoras e agências fizeram forte lobby contra o projeto que tramita no Congresso.


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