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Minhocão de Manhattan é hoje parque com obras de arte
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Uma linha de trem desativada, com cerca de 2,5 km de
trilhos erguidos a quase dez
metros do chão, teve a sua
demolição impedida pelos
moradores do oeste de Manhattan, 20 anos depois de
os vagões pararem de passar.
A passarela é um quilômetro mais curta que o Minhocão, via elevada cuja demolição está nos planos da Prefeitura de São Paulo.
Em Nova York, decidiu-se
pela transformação do local
em parque -algo também
cogitado em São Paulo.
A área de lazer, embora
ainda em construção, já é
considerada a maior responsável pela revitalização dos
arredores de Chelsea, região
industrial antes distante do
interesse de turistas e nova-iorquinos abastados.
Sua história remonta aos
anos 30, quando a linha foi
construída para evitar os acidentes fatais causados pelos
trens que atravessavam as
ruas de Manhattan -e que
deram à Décima avenida o
apelido "avenida da morte".
Em 1980, passaram por lá
os últimos vagões, carregados de perus congelados. Na
mesma década, os proprietários de terrenos no seu entorno passaram a fazer lobby
pela demolição da High Line,
contra a vontade de ativistas
que queriam a revitalização.
Mas foi só em 1999 que os
moradores se organizaram,
formando o Friends of the
High Line. Três anos depois,
com o apoio da prefeitura, a
recuperação começou.
Em junho passado, a primeira parte do parque foi
inaugurada, com extensão
equivalente a nove quarteirões, na altura da Décima
avenida, da rua Gansevoort,
no extremo sul, à rua 20.
Com plantas, bancos de
madeira e obras de arte, a
passarela já atraiu dois milhões de visitantes desde sua
reabertura.
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