São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Minhocão de Manhattan é hoje parque com obras de arte

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Uma linha de trem desativada, com cerca de 2,5 km de trilhos erguidos a quase dez metros do chão, teve a sua demolição impedida pelos moradores do oeste de Manhattan, 20 anos depois de os vagões pararem de passar.
A passarela é um quilômetro mais curta que o Minhocão, via elevada cuja demolição está nos planos da Prefeitura de São Paulo.
Em Nova York, decidiu-se pela transformação do local em parque -algo também cogitado em São Paulo.
A área de lazer, embora ainda em construção, já é considerada a maior responsável pela revitalização dos arredores de Chelsea, região industrial antes distante do interesse de turistas e nova-iorquinos abastados.
Sua história remonta aos anos 30, quando a linha foi construída para evitar os acidentes fatais causados pelos trens que atravessavam as ruas de Manhattan -e que deram à Décima avenida o apelido "avenida da morte".
Em 1980, passaram por lá os últimos vagões, carregados de perus congelados. Na mesma década, os proprietários de terrenos no seu entorno passaram a fazer lobby pela demolição da High Line, contra a vontade de ativistas que queriam a revitalização.
Mas foi só em 1999 que os moradores se organizaram, formando o Friends of the High Line. Três anos depois, com o apoio da prefeitura, a recuperação começou.
Em junho passado, a primeira parte do parque foi inaugurada, com extensão equivalente a nove quarteirões, na altura da Décima avenida, da rua Gansevoort, no extremo sul, à rua 20.
Com plantas, bancos de madeira e obras de arte, a passarela já atraiu dois milhões de visitantes desde sua reabertura.


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