RENATA GIRALDI
da Sucursal de Brasília

O Ministério da Saúde deve distribuir hoje mais dois lotes de vacina tríplice (contra tétano, difteria e coqueluche), equivalentes a 620.920 doses. Mais duas etapas de distribuição de vacinas devem ocorrer até o final do mês.
Com isso, o ministério diz ter eliminado os riscos de falta de tríplice em vários postos de saúde e hospitais do país por mais de um mês.
O governo aguarda para a próxima segunda-feira a chegada de mais 471.400 doses da vacina, que foram compradas do laboratório italiano Biocini. Mais 6 milhões de doses, comprados por meio do fundo rotativo da Opas (Organização Panamericana de Saúde), devem chegar até o final do mês.
Todas as vacinas terão de passar por exames de qualidade na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). As análises demoram, em média, 30 dias para serem concluídas, segundo informações da FNS (Fundação Nacional de Saúde).
O Brasil consome cerca de 2 milhões de vacinas tríplices por mês, em aplicações rotineiras realizadas pelos hospitais e postos de saúde.
A distribuição das vacinas irá obedecer às necessidades descritas pelas secretarias estaduais e municipais da saúde, que enviaram seus pedidos ao Ministério da Saúde.
A falta de tríplice aconteceu porque 11 milhões de doses comprados de laboratórios da Suíça e da Índia tiveram de ser devolvidos, depois que algumas crianças tomaram a vacina e apresentaram reações (febre alta e convulsão).
A expectativa, segundo o ministério, é que os laboratórios suíços e indianos façam a reposição dos 11 milhões de doses da vacina. Não há previsão para essa reposição.
O governo diz que o problema da falta de vacinas está solucionado. A Campanha Nacional de Multivacinação será realizada no dia 16 de agosto. Na campanha serão aplicadas vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.
A FNS nega que a campanha, que sempre ocorreu em junho, tenha tido a data alterada em função de atraso e desabastecimento.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice