da Reportagem Local

O remédio alfa-interferon, usado em pacientes com hepatite B e C e alguns tipos de cânceres, está em falta, há cerca de 20 dias, nos postos médicos da Secretaria de Estado da Saúde, que distribuem gratuitamente o medicamento para 2.285 doentes de São Paulo -sendo 1.218, ou mais da metade, só na capital do Estado.
A secretaria informou que o laboratório que realiza a importação do remédio está tendo problemas na alfândega com o medicamento. Por isso, o remédio não está sendo encontrado pelos doentes nos postos de distribuição.
Na sexta-feira, a secretaria deveria ter recebido 6.100 frascos do remédio, mas só chegaram 900.
O tradutor J.P.B., 44 anos, doente de hepatite C, telefonou anteontem de manhã para um dos postos de distribuição do interferon -na rua Martins Fontes (região central de São Paulo)- e foi informado de que o remédio já tinha acabado de novo.
A assessoria de imprensa da secretaria confirmou que os frascos do medicamento que chegaram na sexta-feira passada já terminaram.
Uma nova remessa de alfa-interferon está prevista para chegar na próxima quinta-feira, de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria.
Com a falta do remédio, o tradutor J.P.B., que toma uma ampola do medicamento a cada dois dias, está tendo de gastar cerca de R$ 600 por mês para não interromper o tratamento.
Beta-interferon
Outro remédio que está em falta nos postos da secretaria é o beta-interferon, utilizado no tratamento da esclerose múltipla.
No caso desse medicamento, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde informou que a compra do remédio ainda precisa ser licitada.
Como é um processo que demanda um pouco mais de tempo, a previsão da secretaria é que o medicamento só deva chegar aos postos em meados do próximo mês de julho.



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