São Paulo, quinta, 11 de junho de 1998

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Casos são mais frequentes após os 50

da Reportagem Local

A chance de um homem desenvolver um câncer na próstata aumenta com a idade e se ele tiver casos na família. Por isso, a principal recomendação médica é que o homem realize exames anuais de toque retal e de sangue a partir dos 50 anos.
Diagnosticado ainda na fase inicial, o câncer pode ser tratado e até curado em mais de 80% dos casos -com cirurgia, braquiterapia ou radioterapia.
A próstata é uma glândula masculina do tamanho de uma noz que pesa cerca de 20 gramas. É nela que são produzidos 30% dos líquidos que formam o esperma.
Como em qualquer tipo de câncer, as células começam a se multiplicar de forma desordenada por razões ainda desconhecidas. O câncer, então, provoca aumento do volume da próstata. Por isso, ele pode ser diagnosticado por meio do exame do toque retal ou por uma ultra-sonografia.
Outra forma de fazer o diagnóstico é com um exame de sangue para saber os níveis de PSA. A dosagem dessa proteína liberada pela próstata aumenta no sangue no caso de existência de um câncer.
Se o homem não faz nenhum desses exames periodicamente, é quase impossível saber que tem um câncer na próstata. Isso porque ele só apresenta sintomas quando atinge um grau mais avançado da doença. Nessa fase, pode haver sangue na urina e dor.

Família
Dois fatores estão associados ao desenvolvimento de um câncer na próstata: os fatores genéticos e a alimentação.
O risco de um homem ter um câncer na próstata dobra quando ele tem um parente de 1º grau sofrendo com a doença. Se ele tem dois parentes de 1º grau, esse risco passa a ser cinco vezes maior e, se tem três, é dez vezes maior. Por isso, homens que têm histórico familiar de câncer na próstata devem fazer mais exames.
Segundo o professor-titular de urologia da Unifesp, Miguel Srougi, o segundo fator de risco é a ingestão de alimentos gordurosos.
De acordo com ele, pesquisa feita com ratos mostrou que os animais que ingeriam comida gordurosa desenvolveram três vezes mais cânceres do que os que ingeriam comidas mais saudáveis. (LM)


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